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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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O PS vai pronunciar-se hoje sobre a partilha de dados de ativistas russos pela Câmara de Lisboa com a embaixada da Rússia, um caso que originou uma onda de críticas ao presidente da autarquia, Fernando Medina.

A declaração do PS será feita pelo secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, às 11:30, na Federação do Porto.

O PSD e o CDS-PP anunciaram que vão chamar Fernando Medina ao parlamento, com os sociais-democratas a estenderem esse pedido ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

A Juventude Social Democrata (JSD) e a Juventude Popular (JP) convocaram uma manifestação de repúdio para as 18:00, em frente à Câmara de Lisboa.

O caso foi conhecido depois de os jornais Expresso e Observador terem noticiado, na quarta-feira, que a Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três ativistas russos que organizaram, em janeiro, um protesto em frente à embaixada da Rússia em Lisboa em defesa do opositor Alexey Navalny.

Em conferência de imprensa na quinta-feira de manhã, Medina admitiu que foi feita a partilha de dados pessoais dos três ativistas, pediu "desculpas públicas" aos visados e assumiu que foi "um erro lamentável que não podia ter acontecido".

O autarca socialista anunciou também que pediu uma auditoria sobre a realização de manifestações no município nos últimos anos, tendo em conta que a câmara lidera o processo desde 2011, depois da extinção do cargo de governador civil.

O caso originou uma onda de críticas e pedidos de esclarecimento da Amnistia Internacional e de partidos políticos, nomeadamente do Bloco de Esquerda, PCP, Iniciativa Liberal, Livre e Volt Portugal, além de PSD e CDS-PP.

À margem das comemorações do Dia Portugal, no Funchal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que a partilha de dados foi lamentável.

O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, pediu a demissão de Fernando Medina e o partido Aliança anunciou que vai participar o caso à Procuradoria-Geral da República.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados confirmou que abriu um processo de averiguações à partilha de dados pessoais dos três ativistas russos.

Na atualidade internacional, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acolhe hoje os líderes do G7, incluindo o Presidente norte-americano, Joe Biden, numa cimeira considerada crucial para o combate e recuperação mundial da pandemia de covid-19.

A cimeira, que decorre até domingo, realiza-se na Cornualha, no sudoeste de Inglaterra, e será a primeira presencial entre os respetivos líderes em dois anos.

O acesso equitativo às vacinas anticovid-19, com ênfase na redistribuição de doses excedentes dos países membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), vai estar no topo da agenda.

Os líderes do G7 também deverão discutir a transferência de tecnologias e recursos por países e farmacêuticas para facilitar e aumentar a produção de vacinas.

O regresso dos EUA ao Acordo de Paris representa também uma oportunidade para avançar com mais compromissos no combate às alterações climáticas.

A participação de Joe Biden constitui também uma oportunidade para uma maior união em termos de política externa, sendo esperadas discussões e declarações sobre as situações em Myanmar, Afeganistão, Etiópia, Bielorrússia, Líbia e Irão.

As relações com Rússia e China deverão ser abordadas, depois de críticas feitas, em maio, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, a Moscovo e Pequim.

Além dos sete países, a cimeira da Cornualha vai contar com a participação da África do Sul, Austrália, Coreia do Sul e Índia, como convidados.

Participam também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Em Roma, as seleções da Itália e da Turquia dão início ao Euro2020 de futebol, com o torneio a disputar-se um ano depois do previsto devido à pandemia de covid-19.

O jogo de abertura do Euro2020 começa às 20:00, no Estádio Olímpico de Roma com capacidade limitada para 16 mil espetadores devido à pandemia.

Portugal é o atual campeão europeu e começa a defesa do título na terça-feira, 15 de junho, em Budapeste, frente à Hungria.

A seleção portuguesa de futebol, que chegou a Budapeste na quinta-feira, faz hoje o primeiro treino no Estádio Illovszky Rudolf.

O treino está marcado para as 11:00 locais (10:00, hora de Lisboa), 30 minutos depois de um jogador falar à comunicação social.

Depois da Hungria, Portugal joga com a Alemanha, em Munique, no dia 19 de junho, e com a França, em Budapeste, no dia 23.

Os dois primeiros de cada grupo mais os quatro melhores terceiros qualificam-se para a fase a eliminar.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O Festival de Música dos Capuchos, no concelho de Almada, sob a direção artística do pianista Filipe Pinto-Ribeiro, abre com um concerto da violinista Viviane Hagner, do violoncelista Adrian Brendel e do Officium Ensemble, com o maestro Pedro Teixeira.

A programação, que se estenderá até 03 de julho, prevê atuações de solistas e agrupamentos portugueses e estrangeiros com o objetivo de atravessar cinco séculos de história da música, tantos como os de vida do convento, que também acolherá a interpretação de "O Cântico do Sol", da compositora russa Sofia Gubaidulina.

O pianista Alfred Brendel, que se retirou das salas de concerto em 2008, depois de uma carreira de 60 anos que o colocou entre os grandes intérpretes mundiais, reaparece no festival para uma conferência, no sábado, sobre o seu percurso na música, e para um recital da sua obra poética, acompanhado pelo filho Adrian Brendel.

A iniciativa Fado à Janela, que vai decorrer a partir de hoje até 16 de julho, nos "bairros mais emblemáticos de Lisboa", antecipa a realização do Festival Santa Casa Alfama, no final de setembro.

A série é aberta por Conceição Ribeiro, no Castelo, seguindo-se Artur Batalha (dia 18), Maura Airez (25), Jaime Dias (02 de julho), Pedro Galveias (09) e Natalino de Jesus (16).

Os concertos têm sempre início pelas 17:00.

A nona edição do festival de fado Santa Casa Alfama, em Lisboa, a realizar nos dias 24 e 25 de setembro, vai homenagear Carlos do Carmo, que morreu no passado dia 01 de janeiro.

DESPORTO

Jorge Fonseca defende o título de campeão do mundo nos Mundiais de judo em Budapeste, depois de em 2019 se ter tornado, em Tóquio, o primeiro português campeão mundial da modalidade.

A dois dias do final da competição, que decorre desde domingo, e quando se disputam as categorias mais pesadas, o judoca de 28 anos entra em ação nos -100 kg, com o objetivo de "fazer uma grande prova", embora a prioridade sejam os Jogos Olímpicos.

Em Budapeste, onde chega como sétimo do 'ranking' e terceiro cabeça de série, Jorge Fonseca tem acima de si o georgiano Varlam Liparteliano (1.º) e o holandês Michael Korrel (3.º), numa competição em que foram vários os judocas que abdicaram.

Isento na primeira ronda, o judoca do Sporting tem como primeiro adversário o vencedor do combate entre o dinamarquês Matthias Madsen (48.º) e o uzbeque Muzaffarbek Turoboyev (45.º).

ECONOMIA

Os trabalhadores da Super Bock reúnem-se em plenário nas instalações da empresa, em Leça do Balio, no concelho de Matosinhos, Porto, depois de uma greve de dois dias contra os aumentos salariais de "0%" propostos pela administração.

Na terça e na quarta-feira, os trabalhadores estiveram em greve, que teve uma adesão superior a 80%, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab).

O Super Bock Group considerou tratar-se de "uma posição incompreensível dado o contexto que o país ainda atravessa - com confinamento geral durante 2,5 meses, a contração do mercado de cerveja em Portugal e a incerteza quanto ao regresso a uma normalidade".

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

O Tribunal Constitucional (TC) de São Tomé e Príncipe deve publicar a lista definitiva dos candidatos às eleições presidenciais de 18 de julho.

Dos 18 candidatos que entregaram documentos no TC para formalização de candidaturas, seis saem das fileiras do principal partido do Governo, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) e três do principal partido da oposição, a Ação Democrática Independente (ADI).

Três outros saem da coligação Movimento Democrático Força da Mudança -- União para Democracia e Desenvolvimento (MDFM/UDD), também no atual Governo do primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.

Na terça-feira, o TC publicou uma pré-seleção de 13 pré-candidatos, admitindo Aurélio Martins, Posser da Costa, Delfim Neves, Carlos Vila Nova, Abel Bom Jesus, Elsa Pinto, Júlio Silva, Manuel do Rosário, Vítor Monteiro, Eugénio Tiny, Miques João, Carlos Stock e Elsa Garrido.

De acordo com o acórdão, os seis restantes candidatos, designadamente Maria das Neves, Jorge Amado, Carlos Neves, Moisés Viegas, Olinto das Neves e Roberto Sousa Pontes tinham dois dias para "suprir as irregularidades" que constam dos documentos entregues no TC para a formalização das suas candidaturas.

O atual Presidente, Evaristo Carvalho, eleito em 2016 com o apoio da ADI, cumprirá apenas um mandato, depois de ter decidido não se recandidatar.

PAÍS

Os trabalhadores dos TST - Transportes Sul do Tejo, que servem a Península de Setúbal, cumprem o segundo de dois dias de greve para exigir uma atualização salarial e um acordo de empresa.

No primeiro dia de greve, cumprido na quarta-feira, os sindicatos apontaram uma adesão entre os 90% e os 95%, enquanto a empresa reportou 89,6% nos serviços de transporte e de 70,4% no total dos trabalhadores.

Segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), em 20 de maio, os trabalhadores tinham dado 15 dias à empresa para responder à exigência de atualização salarial e, como não obtiveram resposta, decidiram avançar para a greve.

Os trabalhadores exigem a atualização dos seus vencimentos porque entendem que "não podem estar a ganhar o salário mínimo nacional", e tendo em conta que a profissão de motorista é de "grande responsabilidade e sujeita a um enorme esforço em termos de horários".

Os trabalhadores reivindicam também a criação de um acordo de empresa.