Sopro de Liberdade

Entre o nascer e o morrer

Há um espaço importante

Que se passa num instante

Desde a entrada à saída

Onde passamos a correr

Ao qual chamamos vida

Seria a vida mais linda

Se vivida noutro afim

Pensar em ti, depois em mim

Com a devida humildade

Que se entendesse ainda

O conceito liberdade

A minha liberdade só vai

Até ao começo da tua

Só que a verdade nua

Foge a essa realidade

E o respeito assim se esvai

Em prol da precaridade

Há um sopro de liberdade

Em tempo de pandemia

Rejubilemo-nos de alegria

Com a devida precaução

Porque a iniquidade

implica contaminação

Cuidado com a festança

Haja moderação

Respeitando nosso espaço

Também o de nosso irmão

Para que haja confiança

Na nossa libertação

Seja o final da tormenta

Sopram ventos de esperança

E que a almejada bonança

Seja uma realidade

Porque o mundo não aguenta

Tamanha calamidade

Unidos vamos lutar

Com as armas da amizade

Em prol da liberdade

Sem fazer estardalhaço

Para que possamos dar

O tão desejado abraço

José Miguel Alves