Madeira

"A despesa (com as IPSS) provavelmente continuará a aumentar"

Quem o afirma é a vice-presidente da União das IPSS da Madeira, que realça o importante trabalho destas instituições de solidariedade social

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A União das Instituições Particulares de Solidariedade Social da Madeira (UIPSS Madeira entende que dada a evolução social, nomeadamente o aumento da população idosa, e tendo em conta o valoroso e importante trabalho de cooperação que estas realizam com as entidades públicas, faz todo o sentido acreditar que "a despesa (com as IPSS) provavelmente continuará a aumentar".

Em resposta a um pedido de reacção à manchete de hoje do DIÁRIO, que aponta para a despesa de 170 milhões de euros para estas entidades nos últimos 8 anos, a vice-presidente da Direcção da UIPSS Madeira, Maria do Céu Carreira, começou por relembrar que estas são "instituições que integram o sector cooperativo e social (art.º 82.º da CRP), cuja actuação é pautada pelo cumprimento dos princípios orientadores da economia social, definidos na Lei de Bases da Economia Social (Lei n.º 30/2013, de 8/05), bem como tendo ainda por referência ao definido nos Estatutos e o expresso no guia prático da Constituição de IPSS (Segurança Social)".

Neste contexto, "no exercício das suas funções e no âmbito do serviço público que prestam, as IPSS recebem verbas da Segurança Social – entidade com quem assinam os acordos de cooperação – a fim de prestarem os melhores serviços e as mais adequadas respostas em prol das pessoas, das famílias e das comunidades", acrescenta.

Assim, "as verbas indicadas no DN de hoje, relativas a oito anos, deverão ser vistas à luz dos efectivos serviços que prestam e das pessoas e famílias que alcançam", analisa. "Seria importante que a notícia fosse completada com a indicação do número de beneficiários directos e indirectos (utentes das instituições e familiares) e do número de postos de trabalho criados, por exemplo", indica.

Para Maria do Céu Carreira, por outro lado e em complemento, "no que respeita aos serviços prestados com e aos idosos, no contexto do envelhecimento, parece-nos ser pacífica a constatação de que a despesa – com os dados de hoje – provavelmente continuará a aumentar", calcula.

Por fim, "tendo em conta a cooperação entre a Segurança Social e as IPSS - e a abrangência dos serviços que prestam nas mais variadas áreas, como referido no DN de hoje - parece-nos inquestionável os apoios/transferências de verbas que têm ocorrido ao longo dos anos", justifica.

A responsável conclui que "as políticas públicas direccionadas para o bem comum, justificam as verbas disponibilizadas e quiçá, no contexto dos desafios sociais e económicos que não param, muito ainda deverá ser feito", acredita. E afiança: "A pobreza e o desemprego que, infelizmente, cresceram em contexto de pandemia, colocam às entidades públicas e às IPSS desafios, que só em cooperação poderão ser vencidos, tendo em conta que os recursos financeiros, face às necessidades, são também limitados."