A 4 de Abril de 1931, há 90n anos, começava a que ficaria conhecida como Revolta da Madeira e a que resistiu mais tempo à Ditadura.

Meses antes, em Novembro de 1930, tinha falido a casa bancária de Henrique Figueira da Silva, um banco madeirense que Salazar se recusou a ajudar - ao contrário de outros bancos incluindo ingleses que receberam dinheiro de Lisboa - e a situação era dramática.

Ao mesmo tempo, havia um grupo de militares exilados, entre eles o general Sousa Dias e os coronéis Fernando Freiria e Mendes Reis, opositores ao regime instalado depois do golpe militar de 1926.

O levantamento militar começa por ser liderado por oficiais subalternos, entre eles o tenente-médico Ferreira Camões e tem o apoio dos madeirenses.

Os revoltosos, entre os quais estava o tenente Francisco Machado, avô do actual presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, assumem o controlo da Madeira e só se rendem em Maio, perante um forte contingente militar enviado de Lisboa.

O general Sousa Dias e mais de uma centena de militares revoltosos são enviados para Cabo Verde.

A imagem que ilustra este texto é de um comício, realizado nos primeiros dias da Revolta da Madeira, junto ao edifício onde hoje está instalado o Governo Regional da Madeira.