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Venezuela mantém "quarentena radical" após registar novo recorde de casos

A Venezuela vai continuar em "quarentena radical" preventiva da covid-19, depois de nas últimas 24 horas registar 1.786 casos confirmados de coronavírus, o maior número diário registado desde o início da pandemia.

"Mantém-se a quarentena radical durante os próximos sete dias (...) necessitamos radicalizar para ver resultados", anunciou o Presidente da Venezuela.

Nicolás Maduro falava durante uma transmissão simultânea e obrigatória pelas rádios e televisões do país.

"Não podemos desistir, (...) temos que manter os cuidados e a prevenção", frisou.

Por outro lado, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, informou que nas últimas 24 horas a Venezuela registou 1.786 casos confirmados de pacientes com coronavírus, 1.779 deles de transmissão comunitária.

Segundo Delcy Rodríguez o estado venezuelano de Miranda foi a região com mais novos casos confirmados (327), seguindo-se Anzoátegui (278), o Distrito Capital (276), Nova Esparta (217) e Monágas (160).

A vice-presidente venezuelana confirmou que nas últimas 24 horas 15 pessoas faleceram por covid-19, elevando para 1.662 as mortes associadas ao novo coronavírus, desde o início da pandemia.

Em 22 de março, o Presidente da Venezuela decretou duas semanas de "quarentena radical", até depois da Páscoa, para tentar travar a propagação local da variante do novo coronavírus detetada no Brasil.

Em 02 de março de 2021, o país recebeu meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm, depois de ter recebido, em fevereiro, as primeiras 100 mil doses da vacina russa.

Entretanto, na segunda-feira chegaram ao país mais 50 mil doses da vacina russa Sputnik V.

De acordo com a Academia de Medicina da Venezuela, o país necessita de 30 milhões de vacinas para 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões das quais pessoal prioritário.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.847.182 mortos no mundo, resultantes de mais de 130,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.875 pessoas dos 823.142 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.