Boa noite!

Na ilha do povo superior, onde durante décadas muito foi desterrado, instalou-se uma lógica consumista desenfreada, que não foi devidamente acompanhada de uma educação para a sustentabilidade.

Os maus exemplos vinham de cima, dos mentores das borlas e da falsa abundância, também eles geradores das maiores atrocidades ambientais e dos fundamentalismos que se ergueram como resposta à selvajaria.

O resultado está à vista de todos. Só hoje, neste dia mundial que teve como lema ‘Oceano é a nossa Terra’, acordamos com a notícia que uma tonelada de lixo foi retirada do mar madeirense no espaço de quatro meses e ficamos a saber que nos últimos quatro dias, no âmbito da operação 'Porto Santo Sem Lixo Marinho', foram recolhidas quase duas toneladas de detritos.

Devíamos ter vergonha. E ser consequentes, mesmo que saibamos que este é o arquipélago em que um dia alguém mandou deitar ao mar a terra o que ia sobrando das obras, em que nas ribeiras transformadas em vazadouros flutuam sapatos e plásticos e em que no litoral ainda é despejado todo o tipo de ‘monstros’.