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Derek Chauvin considerado culpado de todas as acusações no homicídio de George Floyd

Foto EPA
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Cerca de uma centena de pessoas concentradas num cruzamento da cidade norte-americana de Minneapolis que recebeu o nome de George Floyd Square, receberam o veredicto de culpado do ex-polícia Derek Chauvin com palmas e gritos.

O polícia foi considerado culpado pelos 12 jurados, devendo conhecer a sentença do tribunal daqui a seis semanas.

Várias famílias com crianças pequenas dirigiram-se no local para ouvir o anúncio do tribunal.

Eliza Wesley, que se identificou como uma guardiã do portão de Floyd Square, pediu às pessoas ali reunidas para fazerem uma oração.

"Não duvido de Deus", afirmou, acrescentando que a espera pelo dia de hoje já dura há 11 meses.

Chauvin foi considerado culpado das três acusações: assassínio em segundo grau, punível com até 40 anos de prisão; homicídio em terceiro grau, com pena máxima de 25 anos, e homicídio em segundo grau, com pena de prisão de até 10 anos.

Como não tem antecedentes criminais, Chauvin só cumprirá um máximo de 12 anos e meio de prisão por cada uma das duas primeiras acusações e a quatro anos de prisão pela terceira.

Chauvin declarou-se inocente de todas as acusações.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, deverá comentar a decisão daqui a poucos minutos, esperando-se manifestações, o que levou a polícia de Minneapolis a destacar mais de 3.000 polícias para as ruas da cidade.

A morte de George Floyd, aos 46 anos, aconteceu em 25 de maio de 2020, na sequência da sua detenção pela polícia de Minneapolis por suspeita de tentar pagar a conta do supermercado com uma nota falsa de 20 dólares (cerca de 16 euros).

A morte foi filmada em vídeo por transeuntes e divulgada nas redes sociais, sendo que o vídeo mostra Floyd a ser retirado do carro onde seguia sem resistir à polícia.

Um polícia colocou o joelho no pescoço de Floyd e pressionou-o durante quase nove minutos. No vídeo é possível ouvir-se Floyd a dizer ao polícia que não consegue respirar e a sua morte torna-se inevitável pouco depois.

Desde a morte de George Floyd, houve nos Estados Unidos pelo menos 7.750 manifestações associadas ao movimento 'Black Lives Matter' (As vidas dos negros interessam') em 2.000 localidades dos 50 estados do país, segundo uma contagem da Universidade de Princeton e do Armed Conflict Location and Event Data Project, organização que pesquisa protestos em todo o mundo.