Madeira

Edgar Silva diz haver “muito por fazer para a credibilização da Justiça”

Prolongamento dos processos cria “algum descrédito em relação à Justiça”.

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“Há muito por fazer para a credibilização da Justiça.” É a síntese de Edgar Silva na sua leitura política sobre a decisão do juiz Ivo Rosa no âmbito da instrução do processo Marquês, que tem em José Sócrates um dos arguidos mais conhecidos.

O líder regional da CDU lembra que o processo se encontra longe de estar concluído, o que comporta “uma situação preocupante e grave para a democracia”, que é a morosidade da Justiça. O prolongamento dos processos no tempo cria, junto dos cidadãos, “algum descrédito em relação à Justiça”.

Por outro lado, Edgar Silva diz existirem aspectos processuais, que criam incompreensões. Há dificuldade em perceber que o processo ainda se prolongue tanto no tempo. O arrastar de processos conduz a elevados níveis de descrédito e de suspeita.

O dirigente da CDU destaca, ainda, outro aspecto, relacionado com o rigor ou a falta dele. Há dualidade na leitura de elementos de prova. “Nuns aspectos, houve uma leitura e, noutros, uma leitura antagónica”.

Estas três vertentes demonstram, na leitura política, que “há muito opor fazer para a credibilização da justiça.” Impõe-se garantir e transmitir a ideia de que todos os cidadãos, independentemente dos cargos ou posição social e económica, estão “em igualdade de circunstâncias e direito à Justiça”.

Todo este processo, “para a democracia e para o estado de direito não constitui elemento de credibilização”.