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Serviços identificaram 957 mil pessoas acima dos 50 anos para vacinar

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Os serviços de saúde identificaram 957 mil pessoas para vacinar contra a covid-19 correspondentes a idosos acima de 80 anos e pessoas entre os 50 e os 79 com uma das comorbilidades de risco, adiantou hoje o Governo.

De acordo com a ministra da Saúde, Marta Temido, "estas listagens foram comunicadas às unidades de cuidados de saúde primários, que começaram já a agendar e convocar as pessoas para a vacinação" contra a covid-19, esclarecendo ainda que há já "40 unidades a trabalhar nestes moldes" e que na terça-feira arrancam outras 59, com total cobertura do território nacional.

"Foram realizados já 2.380 agendamentos e foram enviados 1.677 SMS, tendo 902 pessoas respondido que sim. As pessoas que não estejam inscritas ou não tenham médico de família podem aceder ao médico qu as segue e pedir uma declaração. Já foram carregadas 4.140 declarações deste tipo", revelou Marta Temido.

Em declarações prestadas numa conferência de imprensa na qual fez um ponto de situação sobre o plano de vacinação contra a covid-19, após uma reunião, por videoconferência, com a 'task force' para o plano nacional de vacinação contra a covid-19, a governante reiterou também que a convocatória será feita "através de carta ou SMS dirigida ao telemóvel associado ao número de utente daquela pessoa e que identifica o destinatário da vacina", existindo um reforço de contacto em caso de ausência de resposta.

Paralelamente, a ministra da Saúde avançou que até ao final desta semana será lançado um simulador 'online' -- entre outras funcionalidades - no portal covid-19 para as pessoas com mais de 50 anos poderem saber se estão nas listas já definidas para a primeira fase de vacinação.

"Para tal bastará que sejam inseridos alguns dados, como o número do Serviço Nacional de Saúde, a data de nascimento ou o nome completo. E este simulador irá permitir às pessoas ter um melhor acompanhamento daquilo que é a sua inclusão no processo e, caso não estejam incluídas, poderem fazer a necessária correção", resumiu.

Questionada sobre a gestão de 'stocks' das diferentes vacinas e a garantia de reservas das vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e Moderna perante a não recomendação de administração da vacina da AstraZeneca a pessoas acima dos 65 anos, a ministra da Saúde defendeu que o país "tem feito sempre uma gestão que lhe permite garantir que numa falha numa entrega, tem quantidade de 'stock' disponível para segundas doses".

"É uma gestão de riscos e um princípio de prudência. Nem nunca utilizamos as vacinas todas, nem descuramos completamente os 'stocks', mas procuramos maximizar aquilo que é o aproveitamento das doses que nos são disponibilizadas", notou, reconhecendo que as entregas de vacinas confirmadas para o primeiro trimestre "são 1,9 milhões, ou seja, menos do que aquilo que inicialmente" Portugal tinha contratado com as diversas farmacêuticas.

Marta Temido clarificou ainda que a vacina da Pfizer será preferencialmente alocada às estruturas residenciais para idosos, a da Moderna destinar-se-á, sobretudo, a profissionais de saúde, e a da AstraZeneca irá para os profissionais de serviços essenciais (cuja vacinação arranca esta semana e prevê cerca de 19.000 inoculações) e para as pessoas com idades entre os 50 e os 65 anos e uma das comorbilidades identificadas como de risco para a covid-19.

Portugal registou hoje 196 mortes relacionadas com a covid-19 e 2.505 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a DGS. O boletim da DGS revela também que estão internadas 6.344 pessoas, mais 96 do que no domingo, das quais 877 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 12.

Desde o início da pandemia morreram em Portugal 14.354 pessoas dos 767.919 casos de infeção confirmados.

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