Madeira

Há 29 anos uma derrocada na Penha de Águia assustou a população

No 'Canal Memória' de hoje recorde o que foi notícia a 3 de Fevereiro de 1992

None

A 3 de Fevereiro de 1992, a edição impressa do DIÁRIO dava conta de uma derrocada na Penha d'Águia que tinha assustado a população local, muitos achando que era um terramoto. Afinal, e embora muitos não tenham ganho para o susto, a derrocada da falésia deu origem a uma nova fajã naquele sítio. 

Como contou o DIÁRIO há 29 anos: "uma grande derrocada na noite de sábado para domingo no penhasco da Penha de Águia, entre o Faial e o Porto da Cruz, deixou um novo braço de terra com perto de 200 metros de comprimento no mar do Norte. A população do sítio da Penha acordou duas vezes durante a noite, tantas quantos os embates do desprendimento de rochas no mar. Uns pensaram que era trovoada, outros imaginaram um terramoto".

Na altura, o géografo Raimundo Quintal explicava o fenómeno: "o fenómeno ocorrido na Penha de Águia na noite de sábado para domingo é impressionante mas não se trata dum caso raro na história geológica da Madeira. Nem sequer é o primeiro caso este século. Na terça-feira de Carnaval de 1930, houve no Cabo Girão um desmoronamento semelhante mas com consequências mais graves. A queda das rochas provocou uma onda monstruosa que invadiu o calhau junto à Vila de Câmara de Lobos e matou 17 pessoas que estavam na foz da Ribeira do Vigário." Nas páginas do DIÁRIO referia ainda: "Na madrugada de domingo nasceu mais uma fajã,  filha da grande Penha de Aguia e do impetuoso Atlântico. Assim tem evoluído o litoral madeirense ao longo de milhões de anos."

Há 29 anos era também notícia que os canais de televisão privados portugueses não chegariam à Madeira e a vitória do Marítimo ao Desportivo de Chaves. 

Na Política, o DIÁRIO noticiava a visita do então presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, ao concelho de Santa Cruz, onde afirmou que "estas visitas não são chantagem com o Povo" e prometeu obras que ultrapassavam os 10 milhões de contos.

A 3 de Fevereiro de 1992,  António Guterres estava a caminho da liderança do PS nacional e Li Peng estava em Portugal e foi bem recebido por Cavaco Silva, então primeiro-ministro, apesar da situação vivida em Tiananmen.

Descarregue aqui a edição impressa do DIÁRIO de há 29 anos e recorde estas e outras notícias da data,

Fechar Menu