Coronavírus Mundo

Alemanha pede prudência após aumento de infecções

FOTO HAYOUNG JEON/EPA
FOTO HAYOUNG JEON/EPA

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, instou hoje a população a ser cautelosa face ao aumento do número de casos de covid-19, quando as escolas se preparam para reabrir no país.

"Vemos que os números estão a aumentar novamente. Isto é irritante e cria incerteza. Por conseguinte, devemos continuar a ser cautelosos, a testar e a vacinar. O vírus não está a facilitar-nos as coisas", disse Spahn numa entrevista à emissora pública alemã ARD.

A Alemanha tem estado parcialmente confinada desde novembro e nas últimas semanas conseguiu reduzir a taxa de infeção pelo novo coronavírus.

Nos últimos dias os números começaram a subir, uma evolução atribuída à rápida propagação da variante britânica da doença, considerada mais contagiosa.

Os especialistas advertem que se aproxima uma terceira vaga, agora que os 16 estados federais começam a aliviar as restrições.

A partir de segunda-feira, está prevista a reabertura de escolas e centros de dia em dez dos estados do país. A educação não é uma responsabilidade federal na Alemanha e cabe a cada estado decidir sobre a reabertura dos serviços.

Muitas escolas estão a ponderar limitar o tamanho das turmas, tornar obrigatório o uso de máscaras e a circulação de ar das salas, mas algumas questionam o momento escolhido para a reabertura.

Spahn considerou que deve ser encontrado um equilíbrio entre a necessidade de proteger os alemães das estirpes mais contagiosas do vírus e a necessidade de devolver às crianças "uma vida quotidiana normal".

O impacto da reabertura de escolas será acompanhado de perto, antes de se passar às fases seguintes de desconfinamento, acrescentou o ministro da Saúde.

"Uma vez reabertas as escolas e centros de dia, mais milhões de pessoas estarão em movimento. Precisamos ver que diferença isso faz em termos de variantes", realçou. "Não podemos fazer falsas promessas" sobre outras flexibilidades, frisou.

Hoje a Alemanha registou 7.676 novos casos, aumentando o número total de infetados desde o início da pandemia para mais de 2,3 milhões.