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Merkel favorável ao prolongamento de restrições até início de Março

Foto EPA
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A chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se ontem favorável ao prolongamento até pelo menos 1 de Março das medidas restritivas em vigor na Alemanha devido à pandemia da doença covid-19, indicaram fontes partidárias citadas pela imprensa alemã e internacional.

Em declarações à agência France-Presse (AFP), fontes da União Democrata-Cristã (CDU), força política de Merkel, avançaram que, durante uma reunião do grupo parlamentar do partido, a chanceler advertiu contra um eventual abrandamento precoce das medidas restritivas e alertou para os potenciais riscos de tal decisão, nomeadamente um novo e rápido aumento do número de infeções pelo novo coronavírus no território alemão.

"Não temos nada a ganhar neste momento com uma saída prematura do confinamento" parcial, argumentou Angela Merkel durante a reunião com os deputados conservadores.

Segundo informações veiculadas pela televisão pública alemã ARD e pelo semanário Der Spiegel, esta será a posição defendida pela chanceler alemã durante uma reunião com os governadores dos 16 Estados federados que compõem a Alemanha, determinantes para a aplicação das medidas restritivas, que está prevista para hoje.

As medidas restritivas atualmente em vigor na Alemanha estendem-se até ao próximo domingo, dia 14 de Fevereiro.

Escolas, lojas, restaurantes, locais culturais e de lazer começaram a ser encerrados na Alemanha desde o início de Novembro.

Tal estratégia possibilitou que o país conseguisse baixar de forma significativa a sua curva epidémica, mas também provocou sentimentos de cansaço e de desmotivação junto da população alemã e de impaciência nos sectores económicos.

Durante a reunião com os deputados da CDU, a chanceler alemã não descartou uma eventual reabertura gradual de alguns setores a partir do dia 1 de Março, nomeadamente das escolas e dos infantários, do comércio de retalho e dos cabeleireiros, de acordo com as mesmas fontes partidárias.

O Instituto Robert Koch, autoridade responsável pela prevenção e controlo de doenças na Alemanha, divulgou ontem que a incidência acumulada de novos casos de covid-19 em sete dias caiu no país pela primeira vez em três meses, abaixo das 75 novas infecções pelo novo coronavírus por cada 100.000 habitantes.

A incidência acumulada é agora de 72,8 casos por cada 100.000 habitantes, em comparação com os 76,0 de segunda-feira e os 90,0 verificados há uma semana.

As novas infecções totalizaram 60.577 numa semana.

Em relação às últimas 24 horas, as autoridades de saúde alemãs registaram 481 mortos e 3.379 novas infecções causadas pelo novo coronavírus (sem contabilizar os 600 casos no Estado da Renânia do Norte-Vestfália que foram entregues com atraso e que serão só contabilizados na quarta-feira).

A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.325.744 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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