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Guterres condena "o uso da força letal" em Myanmar

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O Secretário-Geral das Nações Unidas condenou "o uso da força letal" em Myanmar, onde as forças de segurança abriram fogo no sábado sobre manifestantes matando duas pessoas.

"Condeno o uso de força letal na Birmânia [Myanmar]", escreveu António Guterres no Twitter. "O uso de força letal, intimidação e assédio contra manifestantes pacíficos é inaceitável", continuou. "Todos têm o direito a uma reunião pacífica. Apelo a todos os partidos para que respeitem os resultados das eleições e regressem ao governo civil", acrescentou o chefe da ONU.

Pelo menos dois dos manifestantes que se juntaram em Mandalay em protesto contra a junta militar morreram hoje após a polícia birmanesa ter disparado munições reais, informa a imprensa local. A carga policial acontece um dia depois da morte de Mya Thwate Thwate Khaing, de 20 anos, baleada na cabeça no dia 09 durante um protesto contra o golpe de Estado em Myanmar (Birmânia), que se tornou a primeira vítima mortal desde o golpe de Estado em 01 de fevereiro.

O golpe militar, no dia 01 de fevereiro, atingiu a frágil democracia da Birmânia, depois da vitória do partido de Aung Sang Suu Kyi nas eleições de novembro de 2020. Os militares tomaram o poder alegando irregularidades durante o processo eleitoral do ano passado, apesar de as autoridades eleitorais terem negado a existência de fraudes. Desde então, milhares de pessoas têm-se manifestado contra o golpe militar, sobretudo na capital económica, Rangum, e em Mandalay.