Números não mentem

Como interessado em estatística e probabilidades, tenho procurado ao longo destes tempos difíceis acompanhar e esmiuçar os números desta maldita pandemia, que continuam a assustar-nos diariamente. E, tendo o que se passa na Madeira, comparativamente com aquilo que acontece em Portugal Continental e no Mundo, sinto-me na obrigação de enaltecer o trabalho que o Governo Regional vem realizando para que os números não sejam ainda mais drásticos, nomeadamente no que diz respeito às mortes que um poderoso vírus provoca.

Porque nem sempre este tipo de exercícios são ocasionais, como deveria acontecer, gostaria de lembrar que a Madeira registou até ao momento 62 mortes provocadas / aceleradas pela Covid-19, num universo de 6.549 casos positivos, o que, aplicando uma regra de três simples, ferramenta matemática que pode ser aplicada neste problema, representa uma taxa de mortalidade abaixo de 1%, mais precisamente de 0,94%.

Ora, em termos nacionais, confiando nos números da DGS, que apontam para cerca de 788 mil casos já registados e o número de mortes, que ascende a 15.522, utilizando a mesma regra, facilmente se comprova que a taxa da mortalidade é mais do dobro, isto é, ronda os 2%.

Mesmo assim, os números nacionais são melhores que a média mundial, pois os quase 110 milhões de casos atestados a juntar às 2,43 milhões mortes que já causaram, evidenciam uma taxa de 2,21%.

Por tudo isto, é preciso vincar o esforço do Governo Regional para travar esta maldita pandemia e que as medidas adotadas, nem sempre respeitadas e/ou compreendidas, são um mal menor para que possamos impedir a fatalidade. Isto porque os números não mentem.

Emanuel Camacho

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