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Venezuela inicia vacinação de profissionais da saúde e sectores prioritários

Foto EPA
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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje que a Venezuela vai vacinar, a partir de sexta-feira, os profissionais da saúde e de setores prioritários, depois de ter recebido 100.000 doses da vacina russa Sputnik V.

"Vamos começar a vacinar, nesta primeira fase, o pessoal médico, sanitário, as brigadas [que atendem] casa a casa, o pessoal de serviço social que está em visita permanente às residências para atender às necessidades", disse.

O Presidente Nicolás Maduro falava desde o palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante uma conferência de imprensa transmitida em direto e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país.

"Também o pessoal de segurança que anda nas ruas protegendo as pessoas e as autoridades que andam na rua", frisou.

Por outro lado, explicou que decidiu prolongar, até domingo, dia 21, a flexibilização da quarentena preventiva da covid-19 que vigorou durante o carnaval.

Nicolás Maduro instou os venezuelanos a continuar alerta, usar máscara, respeitar o distanciamento físico e lavar frequentemente as mãos, "medidas importantes de prevenção que devem manter-se".

A Venezuela recebeu, sábado, as primeiras 100 mil doses da vacina russa Sputnik-V, contra a covid-19, destinadas à população mais vulnerável e aos profissionais do setor da saúde, para reduzir a transmissão local do coronavírus.

As vacinas chegaram ao Aeroporto de Simón Bolívar (norte de Caracas), num voo da companhia aérea estatal venezuelana Conviasa, proveniente da Rússia, país que, segundo a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, "estendeu uma mão solidária e amiga" para ajudar os venezuelanos.

A 06 de fevereiro, Nicolás Maduro anunciou que estava por chegar ao país o primeiro lote de 100.000 doses da vacina russa Sputnik-V.

Menos de um mês antes, Delcy Rodríguez anunciou que o Ministério de Saúde da Venezuela tinha emitido uma autorização para o uso de emergência da vacina Sputnik-V.

Segundo a Academia Nacional de Medicina (ANM) da Venezuela, o país necessita de 30 milhões de vacinas para imunizar 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões delas de maneira prioritária.

Num relatório divulgado segunda-feira, a ANM pediu que a Venezuela possa "ter acesso a uma gama de diferentes vacinas seguras e eficazes" e que o Executivo implemente um plano de vacinação "baseado em princípios de equidade e evidências científicas".

Desde 13 de março de 2020 que a Venezuela está em estado de alerta, o que permite ao executivo tomar "decisões drásticas" de combate à pandemia.

Nos últimos meses a Venezuela tem aplicado um modelo próprio de quarentena, chamado de 7+7 que consiste em sete dias de estrito confinamento seguido por sete dias de flexibilização.

A última flexibilização começou no dia 8 e prolongou-se devido ao carnaval. A imprensa local divulgou imagens de muitas pessoas nas praias do país, alertando que não estavam a ser respeitadas medidas de prevenção como o uso de máscaras e o distanciamento social.

Vários profissionais da saúde têm alertado sobre um possível aumento do número de casos de coronavírus no país, devido ao incumprimento das medidas preventivas durante o carnaval.

Na Venezuela estão oficialmente confirmados 133.218 casos da covid-19, desde o início da pandemia em março de 2020. Há ainda 1.267 mortes associadas ao novo coronavírus e 125.179 pessoas recuperaram da doença.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.419.730 mortos no mundo, resultantes de mais de 109,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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