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Eslováquia decreta confinamento geral de duas semanas

Foto: VLADIMIR SIMICEK / AFP
Foto: VLADIMIR SIMICEK / AFP

O Governo da Eslováquia decretou hoje um confinamento geral, por duas semanas, que terá início à meia-noite, com o objetivo de conter o crescimento exponencial das contaminações com o novo coronavírus.

"A situação será avaliada dentro de 10 dias e, se a situação permitir uma abertura, serão os vacinados e os curados os beneficiados", disse o primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, durante uma conferência de imprensa.

A Eslováquia -- que tem uma taxa de vacinação de 43%, com uma população de 5,4 milhões de habitantes - regista a maior incidência de infeções com covid-19 em todo o mundo, com uma taxa acumulada em sete dias de 1.296 casos por 100.000 habitantes.

Durante o confinamento, as pessoas podem deixar as suas casas apenas por alguns motivos específicos, incluindo a compra de bens essenciais, viagens para o trabalho e a escola ou para se vacinarem.

As pessoas não vacinadas serão obrigados a fazer testes de contaminação para poderem estar nos seus postos de trabalho.

Para garantir as regras sanitárias e assegurar o processo de vacinação, o Governo destacou um contingente de até 1.000 soldados.

A medida governamental foi já apoiada pela Presidente eslovaca, Zuzana Caputova, que classificou o confinamento de "inevitável".

"Estamos a perder a batalha contra a covid-19", disse Caputova, em declarações aos jornalistas, na terça-feira.

Jan Mikas, figura principal do Governo eslovaco na luta contra a pandemia, disse hoje que as regras serão aplicadas a todas as pessoas, mesmo as que já foram vacinadas, numa tentativa de travar a nova vaga e numa altura em que há mais de 3.000 pessoas internadas com covid-19.

A covid-19 provocou pelo menos 5.165.289 mortes em todo o mundo, entre mais de 258,29 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.