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Tiro de míssil faz 13 mortos no Iémen entre os quais uma criança

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Foto Reuters

Treze pessoas, incluindo uma criança, morreram quando um míssil atingiu a casa de um chefe tribal no sul da cidade de Marib, no Iémen, anunciou hoje uma fonte militar governamental, que responsabilizou os rebeldes Huthis.

Último bastião do Governo no norte do Iémen em guerra, a província petrolífera de Marib é palco desde fevereiro de uma batalha sangrenta que se intensificou nas últimas semanas, procurado os rebeldes Huthis ocupar a capital provincial homónima.

A aviação da coligação militar dirigida pela Arábia Saudita apoia as tropas governamentais iemenitas no terreno, que tentam repelir a ofensiva rebelde.

"Um míssil balístico foi disparado na quinta-feira à noite pelos Huthis contra a casa do xeque Abdel Latif al-Qibli no setor de Al-Jawba, onde decorria uma reunião entre líderes tribais que combatem ao lado das tropas governamentais", indicou a fonte militar à agência France-Presse.

"Treze pessoas foram mortas, incluindo uma criança" e quatro líderes tribais, adiantou.

O balanço foi confirmado por uma fonte médica local.

O ministro da Informação, Muammar al-Iryani, deu conta através da rede social Twitter de pelo menos 12 mortos no ataque, incluindo dois filhos do xeque Qibli, cujo estado se desconhece. Acusou os Huthis de "continuarem deliberadamente a bombardear as aldeias e as casas para causar vítimas civis".

Os rebeldes ainda não reagiram às acusações.

A coligação militar que intervém desde 2015 na guerra do Iémen há três semanas que divulga quase diariamente elevados números de mortos nas fileiras rebeldes, mas os dados não podem ser confirmados por fonte independente e os Huthis só muito raramente divulgam as suas perdas.

Os rebeldes afirmam avançar e encontrar-se às portas de Marib, que dizem ter "quase cercada".

Os Huthis, apoiados pelo Irão, país rival da Arábia Saudita, controlam a maior parte do norte do Iémen, incluindo a capital Sanaa.

Desencadeada em 2014, a guerra do Iémen causou uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU, além de dezenas de milhares de mortos, a maioria civis, e milhões de deslocados.