No primeiro discurso enquanto presidente da Câmara Municipal eleito, Dinarte Fernandes (CDS) reconheceu que hoje “dia importantíssimo para quem assume, a partir de hoje, a liderança do concelho”, consequência do “incontestável” resultado eleitoral do dia 26 de Setembro “o dia em que a democracia em Santana saiu a ganhar”.

Critico para quem julga que os cargos na política se destinam a certa “casta especial de pessoas”, emocionou-se durante a intervenção, onde também deu conta da má notícia que o Orçamento do Estado reserva para Santana, que juntamente com os outros dois municípios da costa norte da Madeira, “é das câmaras com maiores cortes”. Nas contas de Dinarte Fernandes serão “menos de meio milhão de euros” o que desde já desafia o seu executivo a tentar “fazer igual ou melhor, mas com menos dinheiro”.

Aproveitou a presenta de Rita Andrade, secretária da Inclusão Social e Cidadania, em representação do Governo Regional, para mandar recados à Quinta Vigia. Assegurou que os munícipes de Santana “são pessoas gratas por todo o investimento que o governo faz no nosso concelho”, mas também fez questão de deixar claro que “a população quer e deseja que as palavras do presidente do governo regional” em concelhos onde o PSD é poder municipal, como Calheta, Câmara de Lobos, que essas palavras “sejam também anseios do governo em relação ao nosso concelho”. Chegou mesmo a questionar “o que quer o governo regional da Madeira para Santana?”. Justificou a observação apontando vários problemas por resolver, desde o Centro de Ovinicultura até ao Cais da Fajã do Mar, passando pelas urgências do Centro de Saúde de Santana, entre outros equipamentos sob a alçada do governo Regional.