Prioridades

O governo de Israel definiu como prioridade máxima a vacinação contra a Covid19 de toda a sua população (8,8 milhões) e será provavelmente o 1º país a conseguir a imunidade de grupo contra a atual pandemia. Em 12 dias vacinou quase 10% da população (cerca de 900 mil), dando prioridade aos profissionais de saúde e às pessoas com mais de 60 anos. Na UE o organismo responsável pela aprovação das vacinas ainda só aprovou 1, tendo demorado tempo demais a fazê-lo, já em plena 2ª vaga da pandemia com o surgimento de variantes do vírus mais agressivas e de mais rápida expansão. Em Portugal talvez porque as autoridades de saúde sejam mais “científicas” do que as israelitas foi decidido estabelecer prioridades diferentes na vacinação. Veremos aonde isso nos levará mais rapidamente se à imunidade de grupo ou se aos cemitérios. Mas o que verdadeiramente me preocupa é a nossa RAM onde conforme se depreende da evolução recente da pandemia nesta 2ª vaga com o número de casos e de mortes a aumentar assustadoramente quando comparado com a fase inicial e principalmente tendo em atenção que os nossos limitados recursos a nível hospitalar, de pessoal médico e de enfermagem não permitem usufruir como acontece no Continente de uma rede de hospitais que melhor ou pior permite que a assistência seja prestada num hospital ou noutro o que é impossível na RAM. Ao contrário do 1ª vaga da pandemia onde o GRM foi pro-ativo na proteção da população conforme as necessidades, parece-me que agora, oxalá me engane, estamos completamente à mercê do Governo da República quanto às vacinas que são a única solução para evitar o aumento descontrolado da pandemia. Creio que o suposto critério “científico” não considera que a RAM fruto das suas limitações acima referidas devesse ser uma prioridade na vacinação o que poderá conduzir-nos a uma situação de verdadeira catástrofe. Cabe ao GRM procurar obter por todos os meios possíveis e o mais rapidamente possível vacinas para toda a nossa população.

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