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Moscovo critica "ingerência grosseira" dos EUA em "assuntos internos" russos

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Foto EPA

Moscovo considerou hoje uma "ingerência grosseira" por parte dos Estados Unidos as críticas feitas às interpelações massivas de manifestantes pela polícia durante manifestações na Rússia pela libertação do líder da oposição Alexei Navalny.

"A ingerência grosseira dos Estados Unidos nos assuntos internos da Rússia é um facto reconhecido, assim como a divulgação de informações falsas e de apelos à participação em ações ilegais através de plataformas da Internet controladas por Washington" afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo na rede social Facebook.

Os Estados Unidos condenaram hoje, através do secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, as "táticas brutais" da Rússia contra os manifestantes da oposição, apelando à libertação de Alexei Navalny.

"Os Estados Unidos condenam o uso contínuo de táticas brutais pela Rússia contra manifestantes pacíficos e jornalistas pela segunda semana consecutiva e renova o seu apelo para que liberte os detidos, incluindo Alexei Navalny", disse Antony Bliken na rede social Twitter.

A polícia russa destacou hoje um grande dispositivo e fechou o acesso ao centro de várias cidades para fazer face a novos protestos em todo o país, exigindo a libertação do líder da oposição, Alexei Navalny.

De acordo com a organização OVD-Info, especializada na monitorização de manifestações na Rússia, foram feitas pelo menos 1.643 detenções em 70 cidades, mas principalmente em Moscovo (338).

Os novos protestos ocorrem no contexto de uma nova apresentação de Alexei Navalny perante os juízes, agendada para a próxima semana.

O opositor tem sido alvo de múltiplos processos judiciais desde o seu regresso à Rússia em 17 de janeiro, que Navalny considera terem motivações políticas.

Os protestos de hoje seguem-se a outros realizados no passado fim de semana, que reuniram dezenas de milhares de manifestantes, dos quais resultaram em mais de 4.000 detenções e na abertura de cerca de 20 processos criminais.

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