Obrigado

Quem ainda não ouviu falar nas máfias organizadas que exploram os imigrantes trabalhadores agrícolas que erram entre o Algarve e o Alentejo sem qualquer tipo de segurança e vivem em total precariedade ?

Como é possível em pleno século XXI existir ainda situações destas a lembrar a escravatura quando Portugal é pioneiro na sua abolição? Lembrei-me destas notícias recentemente vindas a público ao ler a crónica semanal num jornal diário do dirigente comunista Rui Sá com o título “Obrigado” terminando cheio de orgulho desta maneira - “E quando vi gente a dizer que não vai votar por receio da pandemia, não posso deixar de valorizar ainda mais os cidadãos e as cidadãs que asseguraram o funcionamento das mesas de voto. Onde estiveram por mais de 12 horas, sempre de máscara e de “boa cara” a dar as boas-vindas aos eleitores. Sendo que, e acho importante que tal se saiba, os cidadãos indicados pelo PCP para as mesas entregam o dinheiro da sua senha ao seu partido, cumprindo, tal como todos os eleitos, autarcas ou deputados, o princípio de não serem beneficiados pelo exercício de cargos públicos...” Já se sabia que os militantes chegam a gozar férias trabalhando forte e feio e gratuitamente na montagem da Festa do Avante, festa esta isenta de impostos e que gera grandes lucros. Já se sabia que o PCP, partido dos trabalhadores, é o partido mais rico com milhões nos bancos. Já se sabia que o PCP é o partido com mais património imobiliário. Já se sabia que a candidatura de João Ferreira do PCP se deu ao luxo em tempos de desemprego e de miséria ter sido a mais cara e despesista nas presidenciais. Depois de saber tanta coisa, só faltava ficarmos a saber que até os seus militantes destacados para as mesas de voto também são explorados a pedir meças a certa classe exploradora de mão de obra como no início desta carta. Depois disto, ainda há quem se admire que o André Ventura tenha tido a votação que teve, ao contrário da que não teve o candidato comunista.

Jorge Morais

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