Choro por ti… Portugal…

“ Penso noventa e nove vezes e nada descubro, deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio e eis que a verdade se me revela.”Albert Einstein.

Na sequência do programa dos “Átomos para a Paz” sob o impulso do presidente dos EUA, Dwight Einsenhover, houve entre nós, em finais dos anos cinquenta do século passado, uma grande aposta na ciência e tecnologia nuclear.

Com a aquisição do primeiro reator nuclear da Península Ibérica, adquirido aos EUA, por um milhão de dólares e com a potência nominal de 1MW/h, foi inaugurado no dia 25 de Abril de 1961 (vai fazer 60 anos em 2021), com um funcionamento impecável.

Variadíssimas universidades estrangeiras fizeram escola no nosso país, incluindo a universidade de Gent (Bélgica) que tiraram partido dele, ao invés da “Nação Valente e Imortal”,que não foi atrevida na atmosfera científica do pensamento pré-einsteiniano.

A titulo de exemplo, a potência nominal dos sete reatores Belgas que entraram em funcionamento na década de setenta e oitenta corresponde a 6.092 MW/h, enquanto a nossa potência nuclear nunca passou de 1MW/h.

Enquanto nas décadas de 70/80 preferimos apostar no carvão poluidor de Sines, Pego e Tapada de Outeiro, com a carga total de 2.826 MW/h e com mais de dez milhões de toneladas de CO2 anuais enviados para a atmosfera, ao invés dos Belgas que nas suas centrais termo nucleares, não há poluição (Zero emissões de co2).

Portugal pioneiro a nível mundial em minerais elétricos de urânio (estão inventariadas desde o principio do século vinte, no nosso país 115 minas urano-radíferas), sendo a principal descoberta, em Canas de Senhorim. O país com reservas de 10.500 toneladas (AIE) não foi audaz nem atrevido no pensamento de Einstein.

Foi o descuido nesta matéria que determinou a crise permanente da economia e do emprego, fez com que este nobre país se tornasse, num ápice o mais pobre da Europa e no espaço de duas a três décadas, será ultrapassado por Marrocos.

O Nobel da Economia Paul Samuelson, sintetizou: “A economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam os recursos endógenos para produzir bens com valor acrescentado e de como os distribuem entre os vários indivíduos”. Também Michio Kaku previu que os países que não investirem na ciência e tecnologia serão pobres no futuro, já que ela é um dos principais motores da prosperidade.

Se a Escola deste grande país na produção de energia em grande escala não se descuidasse com a 4ª Dimensão (espaço/tempo), com os recursos endógenos que Portugal detém, dispensava literalmente o famigerado decreto-lei 240/2004 de 27 de Dezembro que impôs as rendas excessivas, os déficites tarifários, etc, etc…. que tanto está a atrasar este país rico, tornado pobre.

Não é por acaso que a dívida soberana é excedentária tornando a economia débil e sequestrada, e andam por aí “paradas de escribas” de narrativas euclidianas/newtonianas a contagiar almas vazias sem nunca terem se apercebido que o nosso destino estava escrito nas “jangadas de pedras”(granitos hercínicos) e nas estrelas (a Luz pesa).

O resultado está à vista!...A falta que fez um Cosmo-Consciente, a esta Nação?!...Dá que pensar! (…)Choro por ti… Portugal…

Ricardo J. Franco de Sousa

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