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“Este natal vai ser diferente. É natal é natal com o rabinho em casa”

O conhecido Grupo Madeirense 4Litro brindou-nos com mais uma brincadeira e a brincar dizem-se coisas muito sérias. “É natal, é natal com o rabinho em casa.”

O nosso Natal tão próprio, com os ajuntamentos para as broas, as areias, o bolo de mel, a carne de vinho e alhos, almoços e jantares…noites do mercado, a placa central, missas do parto, missa do galo… está tramado nos tempos atuais de pandemia. A proteção da nossa saúde exige realmente cuidado. Para conciliar isto, ajudará viver o Natal “com o rabinho em casa” (cit.), mas seja em casa ou na rua, teremos todos que pensar no universo de risco. É a nossa saúde que está em causa. A saúde dos que estão connosco em casa.

Nem para os estudantes universitários que estão fora da Região está fácil. Para tantos de nós que vivemos essas ansiedades de dezembro da vida universitária, facilmente se compreende, porque após o último exame começava a contagem decrescente para apanhar o avião para a Madeira. As saudades apertam e a época de exames de janeiro/fevereiro exige os mimos da família que tanta falta faz.

Além de tudo isto tenhamos consciência que este Natal será ainda mais delicado para as centenas de profissionais de saúde que terão de trabalhar, especialmente as equipas dedicadas aos doentes apanhados na Pandemia COVID.

Será também delicado para os utentes que estão nos Lares e nos Hospitais na Região. Poderão ficar sem visitas neste natal se a situação da pandemia piorar. Para quem tem/teve um familiar num hospital ou num Lar sabe bem o quão triste e difícil é esta situação ainda que tenha por fundamento legitimo a proteção destes mesmos utentes e dos profissionais de saúde. Pensemos nestas situações, antes de ignorar as medidas recomendadas para controlo da pandemia.

Poderemos todos ajudar se calcularmos o nosso universo de risco nos naturais e legítimos convívios que todos ansiamos ter neste Natal.

Não vale a pena esperar que a polícia bata à porta para contar quantos são. Estamos em tempo de guerra. Uma guerra diferente das outras. Façamos todos um esforço para proteger quem está mais vulnerável, sobretudo os idosos e deixemos que o Pai Natal traga as prendas às crianças.

Ao Pai Natal seguiu a carta com um único pedido: Gosto de Ti Pai Natal, mas deixa-nos chegar ao Carnaval com vida e saúde.

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