Madeira

CDS garante que não votará contra empréstimo de 5 M€ da Câmara do Funchal

Reunião da concelhia do Funchal decide que o partido não vai “obstaculizar” o recurso da autarquia à banca e, também, tem como certo que os funcionários da Frente Mar estão salvaguardados

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O Presidente do CDS Madeira, Rui Barreto, reuniu esta tarde no Hotel Orquídea, com os autarcas centristas do Funchal e com a Comissão Política Concelhia, onde ficou assegurado que não vão obstaculizar o recurso á banca por parte da CMF, que vai pedir 5 milhões de euros, mas também que o futuro dos funcionários da empresa municipal Frente MarFunchal está salvaguardado.

A garantia foi dada pelo porta-voz do encontro, Gonçalo Pimenta, presidente da Comissão Política Concelhia do Funchal e líder da bancada centrista na Assembleia Municipal do Funchal, que aproveitou a oportunidade para salientar esse primeiro ponto fundamental, bem como a garantia de que os deputados municipais centristas não vão “obstaculizar” a contração do empréstimo de 5 milhões de euros que a CMF irá fazer. Os dois assuntos constam da agenda de trabalhos da próxima reunião da Assembleia Municipal que terá lugar já na próxima segunda-feira.

Sobre o empréstimo de 5 milhões de euros que a autarquia irá pedir à banca, Gonçalo Pimenta adiantou que a bancada centrista revelou que o CDS irá “criar condições” para que a Câmara consiga esse empréstimo que servirá para apoiar as famílias, as empresas e o comércio da cidade, nomeadamente, isentando os comerciantes que têm concessão directa da CMF do pagamento das rendas do mês de Outubro, Novembro e Dezembro. Uma proposta, lembrou, que já foi por diversas vezes apresentada pelo partido.

O outro ponto evidenciado pelo autarca e dirigente do CDS tem a ver com a dissolução da Frente MarFunchal. “Desde 2013 até 2020 houve uma triplicação do número de funcionários”, criticou. "Em 2013 tínhamos cerca de 30 trabalhadores e em 2020 temos 115 trabalhadores”, concretizou. E, por isso, “gostaríamos de tranquilizar todos os trabalhadores da Frente MarFunchal porque, de uma forma ou de outra, estarão sempre salvaguardados os seus postos de trabalho”.

Sobre a situação financeira da empresa municipal, que atualmente conta com um passivo de quase 2 milhões de euros, o partido não vai admitir “chantagens políticas”, garantiu. “Não aceitamos que chantageiem e utilizem os funcionários da Frente Mar como uma bandeira política” afirmou, reforçando ainda que todos os funcionários serão reintegrados de uma forma directa no município do Funchal.

O CDS critica também facto de em 2019 ter sido aprovada uma auditoria às contas da empresa municipal e, até hoje, não ter sido entregue qualquer documento relativo a essa mesma auditoria. Algo que poderia ter explicado o porquê de a Frente Mar estar na presente situação financeira, que levará à sua dissolução. Os responsáveis pela “gestão danosa”, aponta, são o atual presidente da autarquia, Miguel Silva Gouveia e o seu antecessor, Paulo Cafôfo.

Conclusões apontadas em nota de imprensa do encontro desta tarde, em que foi aproveitado para debater a estratégia política para o concelho e, ainda, para fazer um balanço aos trabalhos dos autarcas do CDS na vereação da Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas diferentes assembleias de freguesia do município, trabalho que vem a ser considerado como “muito positivo”.

Dada a situação pandémica, o Congresso do CDS Madeira, inicialmente previsto para 28 de Novembro, foi adiado e nesse sentido, numa etapa política na qual se vai começar a debater o Orçamento da Região, bem como os diferentes orçamentos municipais, Rui Barreto retomará as reuniões com autarcas e dirigentes concelhios. O pontapé de saída será dado no próximo sábado, na capital da Região.

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