Mercado temporário do Bolhão no Porto pronto em “meados de Agosto”
As obras que vão transformar um piso do centro comercial La Vie no mercado temporário do Bolhão, acolhendo comerciantes durante a reabilitação do edifício, começaram hoje e devem estar prontas em “meados de agosto”, revelou a Câmara do Porto.
Em comunicado, a autarquia explica que a obra de 900 mil euros deve ficar pronta “em meados de agosto”, permitindo “a mudança dos comerciantes no início de setembro, o mais tardar”.
O município acrescenta que esta empreitada “não implica condicionamentos de trânsito”, lembra que a rua Sá da Bandeira já abriu “à normal circulação” e adianta que a rua Fernandes Tomás deve ficar “totalmente operacional durante a próxima semana”.
A empreitada do mercado temporário desenvolve-se apenas “dentro da estrutura” do centro comercial da rua Fernandes Tomás, acrescenta o município.
A câmara acrescenta que, “em simultâneo, decorre o concurso para a empreitada principal do mercado do Bolhão, orçada em 25 milhões de euros e que resultará numa obra de 24 meses”.
No comunicado de hoje, a autarquia refere que a obra do mercado temporário custa “cerca de 900 mil euros”.
“Os equipamentos que estão a ser instalados não serão os mesmos que, em definitivo, serão colocados no novo Mercado do Bolhão”, acrescenta.
De acordo com a autarquia, “a estrutura, que está a ser montada dentro do Centro Comercial La Vie, a menos de 200 metros da entrada norte do mercado do Bolhão, estará pronta em meados de agosto, e poderá de imediato receber os comerciantes do interior em ótimas condições”.
A câmara destaca que “está praticamente concluída a obra de desvio de um curso de água e de infraestruturas subterrâneas que tem decorrido no exterior do mercado” e que levou a vários condicionamentos de trânsito nas imediações.
“A empreitada, lançada pela Águas do Porto, é fundamental para permitir a intervenção nas fundações e criação de cave do Mercado do Bolhão e estará terminada na próxima semana”, adianta a autarquia.
Na sexta-feira, “abriu já à normal circulação de trânsito a Rua de Sá da Bandeira, que esteve bastante condicionada durante a obra, e a Rua Fernandes Tomás deverá ser libertada na próxima semana, ficando também totalmente operacional”.
O concurso para criação do mercado temporário dos comerciantes do Bolhão foi lançado pela autarquia a 31 de março, com o valor base de 920 mil euros.
De acordo com o anúncio do procedimento, publicado em Diário da República, a transformação do piso -1 do Centro Comercial La Vie no mercado temporário dos comerciantes do Bolhão deve ficar concluída no prazo de 60 dias (cerca de dois meses).
A obra pretende reconfigurar e instalar bancas na loja 0.01 daquele espaço comercial situado na rua Fernandes Tomás, a poucos metros do Bolhão.
No fim de julho de 2016, a Câmara revelou que o La Vie ia acolher os comerciantes a partir do primeiro trimestre deste ano.
O concurso público internacional para requalificar o mercado por um valor máximo de 25 milhões de euros foi lançado a 19 de dezembro, através da publicação em Diário da República e no Jornal Oficial da União Europeia.
Uma parte das obras subterrâneas do mercado do Bolhão, orçadas em cerca de 800 mil euros, arrancaram em agosto para desvio “de várias infraestruturas” e, “sobretudo, de uma linha de água” que atravessa todo o imóvel, para as ruas Sá da Bandeira e Fernandes Tomás, informou a Câmara em julho.
Em comunicado divulgado na ocasião, a autarquia esclarecia tratar-se de um procedimento necessário para permitir “o posterior avanço das obras que estabilizarão o edifício e que permitirão a construção da cave técnica”.
O custo total da operação, incluindo a “adaptação do espaço do mercado temporário”, as “empreitadas de desvio de águas e construção do túnel” e “todo o processo de criação de imagem e promoção do mercado” é “da ordem dos 27 milhões de euros”, indicava a câmara.