Madeira

Governo quer modelo de subsídio de 86 euros

Vice-presidente Pedro Calado aproveita para criticar postura do Governo da República sobre a revisão do modelo, lembrando que nenhuma companhia quer sair da Madeira

Foto Arquivo
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O Governo Regional da Madeira defenderá a ideia de que o madeirense, para viajar de avião para o continente, deva pagar um valor que, actualmente, são os 86 euros (ida e volta) e 65 euros (estudantes). A posição foi reafirmada esta tarde, pelo Vice-presidente Pedro Calado, à margem de uma iniciativa no Porto do Funchal.

No entender do governante madeirense, que comentou a reunião de hoje entre o ministro das Infraestuturas e o director-geral da companhia aérea easyJet, em Lisboa, a posição do Governo da República “não era nada do que já não estivéssemos à espera”. E acrescentou: “Já estamos há mais de ano e meio à espera que o Governo da República consiga organizar uma reunião para discutirmos a revisão do subsídio de mobilidade.”

O facto de a reunião ter sido agora marcada, refere Pedro Calado, “espero que não seja apenas por uma resposta politicamente correcta ao facto de o Governo Regional ter já solicitado, a semana passada, para que os assuntos da Madeira sejam tratados com outra atenção. O que me surpreendeu na resposta a grande preocupação do sr. ministro (Pedro Marques) pelo facto de uma das companhias poder sair da Madeira. Ou seja, é uma preocupação não com a solução mas com um problema que eles próprios, na República, estão a criar na Madeira.”

Garantindo que deste lado têm sido criadas “todas as condições para ter estas companhias aéreas e muitas outras, portanto o nosso problema não é ter capacidade de resposta. Estamos disponíveis para encontrar soluções e estamos a querer encontrar caminhos que possam beneficiar os madeirenses e portosantenses”, frisou Pedro Calado. “Vamos fazer isso até à exaustão, sempre que nos for possível. O que eu estranho é que, depois de estarmos um ano e meio a reivindicar uma solução para a revisão do subsídio de mobilidade, hoje me vez de nos trazerem soluções, nos venham por mais um problema em cima ou até deixar transparecer para a opinião pública que afinal mais uma companhia pode sair da Madeira”.

Em conclusão, o governante madeirense com a pasta da Economia, frisou: “As companhias não querem sair da Madeira. Pode o sr. ministro dormir descansado e sem problemas. Temos companhias que querem vir operar para a Madeira, porque é um mercado apetecível, positivo e aberto a todos. Temos é de encontrar soluções para o subsídio de mobilidade da TAP, da easyJet e outras companhias. É para isso que precisamos do Governo da República, mas se for para trazer mais problemas, não precisamos.”

Pedro Calado, que assumiu a governação há pouco menos de um mês, juntamente com Paula Cabaço, responsável pela pasta do Turismo, têm assegurado contactos para apresentar a melhor proposta. O governante, por exemplo, já tem reuniões marcadas com várias entidades e companhias aéreas. “Vamos passar da teoria à prática, vamos sentar conjuntamente com essas entidades e estudar pormenorizadamente o que podemos fazer para redsolver as questões que estão em cima da mesa. Se for uma boa solução para os madeirenses, estaremos lá desde a primeira hora.

O Governo Regional pretende, à partida, preços mais baratos nas viagens aéreas, quer que os madeirenses paguem única e exclusivamente o valor do subsídio de mobilidade, os 86 e 65 euros, mais ofertas de lugares e mais companhias aéreas nesta rota.