Madeira

Adesão à greve de técnicos de diagnóstico e terapêutica é “total” na Madeira

A paralisação dos técnicos de diagnóstico e terapêutica ocorre um dia depois da primeira greve regional dos médicos. FOTO Fábio Augusto/ PÚBLICO
A paralisação dos técnicos de diagnóstico e terapêutica ocorre um dia depois da primeira greve regional dos médicos. FOTO Fábio Augusto/ PÚBLICO

A adesão à greve hoje dos técnicos de diagnóstico e terapêutica do Serviço Regional de Saúde da Madeira é total, estando apenas um em funções nas Urgências do Hospital do Funchal.

“A adesão é forte e total” , disse a porta-voz de algumas dezenas destes técnicos, Carlota Nunes, que se concentraram esta manhã em frente ao edifício do hospital Dr. Nélio Mendonça.

Carlota Nunes sustentou que a luta é pela “igualdade de direitos” dos profissionais de saúde e o “desbloqueamento das negociações das carreiras”, sendo a forte adesão uma forma mostrar o descontentamento destes profissionais.

Fonte hospitalar disse que “nenhum técnico está ao serviço” e que os vários meios complementares de diagnóstico estão a ser remarcados.

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica estão desde as 00:00 de hoje em greve, uma paralisação que só termina às 24:00 de sexta-feira.

Segundo o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, a greve pretende exigir a reposição do acordo que os sindicalistas dizem ter sido “violado pelo Governo, em Conselho de Ministros”.

O presidente do sindicato disse, na semana passada, no parlamento, que tinha sido acordado entre sindicatos e Governo uma quota de 30% de lugares de topo de carreira para os profissionais de diagnóstico e terapêutica. Contudo, em Conselho de Ministros, essa quota foi diminuída para 15%.

O calendário negocial com o Ministério previa que até final de setembro estivessem negociadas matérias essenciais para a nova carreira profissional destes técnicos, como os mecanismos de transição na carreira ou tabelas salariais.

Mas o sindicato considera que o Ministério da Saúde “continua a não cumprir os acordos estabelecidos”, mesmo em matérias que não têm incidência financeira no Orçamento de Estado.

Hoje, primeiro dia de paralisação, estão previstas concentrações de profissionais em Lisboa, no Porto, em Coimbra e no Funchal.

A paralisação dos técnicos de diagnóstico e terapêutica ocorre um dia depois da primeira greve regional dos médicos, que aconteceu na quarta-feira na zona Norte e deve repetir-se nas próximas semanas no resto do país.