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Banqueiro acusado de contornar sanções dos EUA contra Irão condenado a 32 meses de prisão

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O banqueiro turco Mehmet Atilla, que em janeiro foi considerado culpado por ter contornado as sanções norte-americanas contra o Irão, foi hoje condenado a 32 meses de prisão.

Mehmet Attila, de 47 anos, ex-director-geral adjunto do banco público turco Halbank foi considerado culpado de fraude bancária e de conspiração por violar as sanções, tendo sido condenado pelo juiz federal Richard Berman a 32 meses de prisão.

Uma pena considerada leve para alguém que o Governo americano considerou como “o cérebro” do tráfico, o que enfureceu o executivo turco.

O banqueiro esteve preso em Nova Iorque desde a sua detenção, em março de 2017, pelo que a pena restante devia limitar-se a 18 meses, enquanto a acusação reclamava por 20 anos de prisão.

Segundo a transcrição da audiência de quarta-feira, o juiz Berman deu alguma razão à defesa de Atilla, que alegou que este teve um “papel menor” no contrabando.

O juiz disse ainda estar convencido de que Mehmet Atilla fora “menos culpado” do que Reza Zarrab, que foi a testemunha-chave da acusação durante as cinco semanas do processo do banqueiro que foi muito seguido na Turquia.

Reza Zarrab, um conhecido empresário turco-iraniano na Turquia, que surpreendeu Ancara no outono passado ao declarar-se culpado do caso e cooperar com a Justiça americana, descreveu em detalhes perante o tribunal a instauração, a partir de 2012, de um complexo esquema que implicava o tráfico de divisas e entregas fictícias de alimentos entre o Irão, a Turquia e o Dubai.

Esse tráfego permitiu que Teerão, então reprimido pelas sanções internacionais, recebesse milhões de divisas em troca dos seus hidrocarnbonetos.