Madeira

Paulo Cafôfo diz que a CMF “assumirá todas as responsabilidades” depois de concluídos os inquéritos

Presidente da CMF não diz se haverá demissões se a autarquia tiver culpas na queda da árvore

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A reunião de hoje da vereação a Câmara Municipal do Funchal serviu para aprovar, por unanimidade, um voto de pesar pelas vítimas da tragédia do Monte e suas famílias. Uma reunião em que também foi decidido custear todas as despesas relacionadas com os funerais e as cerimónias fúnebres.

“Neste momento difícil temos a responsabilidade de não parar e apurar os factos do que efectivamente aconteceu”, afirmou Paulo Cafôfo, no final a reunião.

O presidente da CMF recordou que foi a autarquia, numa acção “pró-activa”, que solicitou ao Instituto Superior de Agronomia” especialistas nesta área para, logo no dia seguinte, de manhã, iniciarem uma peritagem ao carvalho que estava na encosta sobranceira ao largo da Fonte”.

A peritagem está a decorrer e, hoje, foi feita uma avaliação mecânica da resistência do tronco da árvore. Esta tarde, serão enviadas amostras para o Laboratório de Patologia Vegetal do Instituto Superior de Agronomia, para detectar possíveis patologias da árvore.

“Toda a informação será dada ao Ministério Público que está a proceder a toda a avaliação deste incidente, como é sua obrigação”, adianta.

Amanhã, à tarde, a câmara já deverá estar em condições de apresentar os primeiros dados recolhidos pelos peritos.

“Tudo faremos, porque as vítimas assim o merecem, para apurar a verdade e reforço que a CMF assumirá todas as responsabilidades que tiver de assumir, após a averiguação destes factos, após a peritagem e após a condução de todo o processo pelo MP”, promete Paulo Cafôfo.

O autarca foi confrontado com o facto de ser a câmara, uma das partes interessadas, a desenvolver a peritagem e não o Ministério Público.

“O MP não requereu, até ao momento, qualquer tipo de informação, esta é um pró-actividade da autarquia que já comunicou que iria fazer esta peritagem e entregar toda a informação”, afirma o presidente da câmara.

A Paulo Cafôfo foi perguntado se, depois de apuradas as responsabilidades, poderia haver demissões. O autarca voltou a afirmar que a câmara irá “assumir todas as responsabilidades após termos a conclusão dos inquéritos”. Incluindo as responsabilidades políticas.

Paulo Cafôfo voltou a referir que os terrenos onde se encontrava o carvalho são da paróquia,

“Aparentemente, aquele carvalho não tinha qualquer anomalia, não havia qualquer registou ou sinalização, mas é um facto que caiu”, afirma.

Sobre os alertas que terão chegado ao município sobre as árvores daquele local, faz questão e especificar que “todas as notificações ou ofícios, sejam internos, sejam a junta de freguesia, referem-se aos plátanos do Largo da Fonte. O que estamos a falar é de uma zona completamente distinta e de outra espécie arbórea”.

Documentos que, garante, serão apresentados quando forem solicitados. “Não temos nada a esconder e todos os documentos e toda a informação será pública e disponibilizada e esclarecer cabalmente o que ali aconteceu”, promete.