A Madeira está a produzir cerca de duas mil toneladas de peixe em aquicultura, depois de lançado o segundo projecto para este sector, ao largo da Calheta: “Equivale a dizer que só nestes dois investimentos vamos produzir cerca de 5 milhões e 600 mil peixes” disse Miguel Albuquerque, ontem, durante a visita ao projecto da empresa Marismar. O presidente do Governo Regional lembrou que o objectivo, até 2020, é a produção de “cinco mil toneladas”. Responsáveis pela empresa privada esclarecem que “nesta primeira fase o investimento é de 1,3 milhões de euros” e criou nove postos de trabalho.

Para isso, há outros investimentos em curso. Luís Ferreira, director regional das Pescas, avançou que o terceiro projecto deverá ficar concluído nas próximas duas semanas, ao largo da Ponta do Sol. A empresa Ocean Prime, com um fundo sueco, é a responsável: “Será um investimento de 5 milhões de euros para uma produção de mil e 200 toneladas ano”. Numa segunda fase, o objectivo é atingir 2 mil e 100 toneladas. Na Ponta de Sol, acrescenta o director regional, a aposta vai para a produção de douradas e charuteiros e e, quando avançar, o total produzido “passará a ser de 4 mil toneladas, dirigindo a 2020 as 5 mil toneladas que é o objectivo do Governo Regional (GR)”.

Miguel Albuquerque destaca que o investimento na aquicultura diversifica a economia e “faz da Madeira um grande centro de produção de aquicultura em offshore a nível nacional e, no futuro, a nível europeu”. Para além dos fundos disponíveis para estes investimentos, Albuquerque explica que o apoio do GR é a partir “do centro de investigação da Calheta, que funciona a nível científico”. Mais concretamente, especifíca o presidente do Governo, “a nível da alimentação dos peixes durante o seu crescimento, da averiguação e auditoria da qualidade”.

“Tudo isto obriga a uma boa plataforma e a um alicerce científico como background”, acrescenta.