Madeira

Cristina Pedra lança críticas ao ensino e refere que é necessária mais formação dos cidadãos no activo

Cerimónia do Dia do Empresário Madeirense decorre no Centro de Congressos da Madeira

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Celebra-se hoje o Dia do Empresário Madeirense tendo como mote ‘A Evolução dos Modelos de Negócio. A presidente da ACIF foi a primeira a intervir e fez questão de ressalvar que é necessário apostar em empresas novas, inovadoras e empreendedoras.

Cristina Pedra afirmou que não podemos descurar os sectores tradicionais, responsáveis por milhares de postos de trabalho. No entanto, estes têm que ter um novo modelo de negócio. A redefinição de processos de formas de compras, de marketing, de novas tecnologias são passos cruciais.

A Região tem cerca de 20 mil desempregados e há empresários a querer recrutar. No entanto, muitos desempregados não falam línguas, tiveram passados na agricultura ou construção. “Temos um desemprego estrutural pouco qualificado”, afirmou Cristina Pedra, justificando o porquê de os empresários não conseguirem recrutar.

A presidente da ACIF teceu algumas críticas em relação ao modelo de ensino, uma vez que se reduziu a carga horária de Matemática e do Português, o que dificulta a aprendizagem e os conhecimentos em áreas tão importantes como esta.

A ACIF defende a necessidade do salário mínimo nacional e é preciso reter talento. Contudo, ressalva que se fala em “ter em conta os direitos adquiridos”. Esta dicotomia coloca desafios: apostar nos jovens com talento ou lutar pelos direitos?

Por fim, Cristina Pedra louvou o Instituto de Emprego e o Centro de Qualificação Profissional, que tem vindo a formar centenas de desempregados que não tinham essas competências. Todavia, também os trabalhadores no activo precisam ser formados.

Por outro lado, defendeu que devem abrir candidaturas para que possam haver inscrições no programa ‘Valorizar’, até porque, muitos adultos têm que fazer a passagem para a era digital.

“Temos jovens e recursos humanos muito bons e com qualificações que é necessário reter. Além disso, temos segurança, bom clima e hospitalidade. Falamos português, francês, inglês e linguagem gestual. Temos infra-estruturas e comunicações”, destacou a presidente da ACIF, acrescentando que o facto de estar na vanguarda das comunicações apresenta-se como uma oportunidade.

Temos que crescer anualmente, pelos menos, 3 a 4% e para isso é preciso existir captação de investimento exterior. “É fundamental existir concertação económica e social”, assumiu, dizendo que não bastar rever tabelas salariais.