Portugual está na moda

Foram temas e assuntos bem recentes, uns mais recentes que outros, mas todos envolvendo sempre o mesmo; dinheiro. Fraudes bancárias, e subsequentes falências e as consequências pessoas que ficaram sem o seu dinheiro. Negócios fraudulentos a lesar o estado e consequentemente o povo a pagar, concessões fraudulentas e os custos a reverter para as populações, investimentos duvidosos e o contribuinte a arcar com os custos, tragédias a castigar as populações, ora por falhas de alguém ora por negligências e os lesados sempre os mesmos, e a culpa morre sempre solteira e os culpados raramente apareceram, e o pior de tudo é que uma calamidade até parece que serve ou é utilizada para abafar as anteriores e a última aparentemente parece ser a pior, ao ponto de até assaltarem as forças armadas. A podridão é de tal ordem que a desilusão e o desânimo das populações são cada vez mais desmotivadores, que o alento e as forças para continuar já começam a faltar. Em quem poderá apoiar-se a população deste país à beira mar plantado, para recuperar a credibilidade nas instituições, o acreditar que algum dia este país tomará o rumo certo e que as instituições estarão ao serviço das populações? Vem aí uma nova temporada futebolística e nem mesmo o desporto rei foge às falácias e aos escândalos, pois parece tão ou mais interessantes os caso e as bisbilhotices, que já se discutem mais do que os resultados desportivos propriamente ditos, isto talvez para servir de «sedativo» fazer esquecer todos os assuntos que dizem respeito ao bom e real funcionamento de uma justiça verdadeiramente democrática, pois até à bem pouco haviam aquelas vozes que muitas vezes vociferavam contra certos governantes, mas o facto de passarem a fazer valer aquela velha máxima, quando não podes com eles, junta-te a eles, foi assim que praticamente foram caladas essas vozes e anestesiada a democracia, que até parece que estamos entrando às portas do paraíso e até já se apregoa aos quatro ventos que Portugal está na moda. Mas será que continuaremos a ver o nosso dinheiro a arder?