5 Sentidos

‘Coleccionismo e emoção’ em foco no ‘Dar a Ver’

Conferência proferida por Anísio Franco, este sábado, no Museu Quinta das Cruzes

None

No âmbito da segunda edição do projecto de divulgação cultural ‘Dar a Ver’, iniciativa da responsabilidade da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, através da Direcção Regional da Cultura (Direcção de Serviços de Museus e Património Cultural) realiza-se no próximo dia 25 de março, sábado, pelas 15 horas horas, no Museu Quinta das Cruzes, uma conferência sobre ‘Coleccionismo e Emoção’, a cargo de Anísio Franco.

Licenciado em História da Arte e Conservador no Museu Nacional de Arte Antiga, Anísio Franco tem desenvolvido vários estudos no campo da história da arte em Portugal e comissariou várias exposições de arte em Portugal e no estrangeiro. Paralelamente tem guiado inúmeras visitas de teor cultural por todo o mundo desde, pelo menos, 1988.

Da sua multifacetada carreira destaca-se ainda a participação em programas televisivos no âmbito da história da arte portuguesa, bem como a participação em filmes, documentários e séries. Recentemente encontrámo-lo, como personagem real (com o seu próprio nome), no romance de Valter Hugo Mãe, A máquina de fazer espanhóis.

Entre várias publicações, citemos Caminhar por Lisboa, proposta de visitar Lisboa com emoção, afetos e histórias, e Histórias de Antiguidades, onde o autor fala de retratos (e de observadores), de pessoas e histórias, entre a realidade e ficção.

Na conferência do próximo sábado, Anísio Franco demonstrará que coleccionar arte é muito mais emocionante do que simplesmente coleccionar. Coleccionar retratos é ainda mais emocionante, porque entre o retratado e o observador se estabelecem diálogos frutuosos. Acompanhar momentos da vida do coleccionador de retratos Anísio Franco é a proposta que agora se faz. O entusiasmo das aquisições, os dissabores resultantes da impossibilidade de ter todos aqueles que deseja, as vibrantes descobertas da identidade dos retratados, as “conversas” que o coleccionador estabeleceu com as várias personagens retratadas, as histórias que cada um deles conta são alguns dos aspectos que poderemos descobrir nesta comunicação.

Recorde-se que o projecto ‘Dar a Ver’ tem por base a ideia da divulgação, de forma gratuita, do património artístico existente no arquipélago da Madeira.

Para além dos trabalhos de investigação, classificação e conservação e restauro, é essencial proceder-se à divulgação e ao conhecimento de um vasto e diversificado conjunto de bens móveis e imóveis postos à guarda de todos os madeirenses, e que constituem uma essencial reserva de identidade cultural.

Ao longo do ano, e até novembro serão convidados vários especialistas, locais e nacionais, que abordarão de forma mais específica ou generalista aspectos dessa imensa diversidade cultural conservada ‘in situ’, ou já transitada para museus. O essencial do programa será, como em 2016, constituído por visitas guiadas e por conferências a realizar em vários locais.

Refira-se ainda que a participação na actividade é gratuita, sendo que deverá ser feita uma inscrição prévia através do endereço [email protected].