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Madeira

Nova subestação beneficia mais de 5.500 lares na Ponta do Sol

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A inauguração da nova subestação do Lombo do Meio marca um passo decisivo no reforço da rede eléctrica do Oeste da Madeira. Segundo Francisco Taboada, presidente da Empresa de Electricidade da Madeira, a entrada em funcionamento desta infra-estrutura irá beneficiar directamente o concelho da Ponta do Sol, onde existem mais de 5.500 lares com contador, garantindo maior estabilidade, capacidade de distribuição e resiliência da rede.

O responsável destacou que a instalação surge num momento em que o concelho apresenta já uma taxa superior a 90% de contadores inteligentes, uma das mais elevadas da Região. Taboada sublinhou que o programa de instalação dos novos equipamentos está em fase final, devendo ficar concluído até Março, antecipando em três meses o calendário inicialmente previsto no PRR.

Francisco Taboada recordou ainda o volume de investimento realizado no sector energético ao longo da última década. “Desde 2015, foram aplicados quase 300 milhões de euros na produção de energia na Madeira, integralmente direccionados para fontes renováveis”, afirmou. A Calheta e a Ponta do Sol, que concentram o maior peso da produção renovável do arquipélago, são também os principais beneficiários da modernização agora reforçada com a nova subestação.

O presidente da EEM explicou que o crescimento da produção renovável exige igualmente o reforço dos equipamentos de transporte e distribuição, razão pela qual a nova subestação do Lombo do Meio assume importância estratégica para o desenvolvimento energético dos próximos 30 anos.

Questionado sobre a segurança do sistema regional, nomeadamente de um eventual apagão, Taboada afirmou que, embora nenhum sistema possa garantir risco zero, a Madeira encontra-se hoje “muito mais segura do que o continente português”. A Região dispõe já de quatro baterias de potência, três centrais com capacidade de arranque autónomo e sete pontos de arranque automático, o que permite estabilizar a rede, manter a frequência dos 50 hertz e garantir a continuidade do serviço mesmo perante perturbações súbitas.

“Somos uma rede isolada e, por isso, tivemos de criar redundâncias próprias. Hoje, a probabilidade de um apagão generalizado na Madeira é muito reduzida”, reforçou, sublinhando que estes sistemas não servem para produzir energia, mas para evitar a queda total da rede.

A nova subestação, já em fase de ensaios finais, será inaugurada em breve. Trata-se de um investimento financiado directamente pelo orçamento da EEM, não integrado no PRR, e junta-se a um conjunto mais vasto de obras que têm vindo a reforçar a segurança e a autonomia energética da Região.