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Poluição ultrapassa limites de protecção da saúde em Aveiro

FOTO EPA
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A Universidade de Aveiro revelou que as concentrações de partículas atmosféricas ultrapassaram largamente o limite diário de protecção da saúde humana, na região, devido aos incêndios.

“Nas primeiras horas da manhã foram medidas concentrações acima de 400 microgramas por metro cúbico, sendo que o limite diário de protecção da saúde humana é 50 microgramas. Para além da matéria particulada em suspensão no ar, que sentimos mais directamente, existem ainda concentrações elevadas de outros compostos, como o monóxido de carbono (CO), incolor e inodoro, geralmente em concentrações reduzidas no ar ambiente”, refere uma nota de imprensa da Universidade.

Segundo a mesma fonte, essas concentrações elevadas geram avisos “dirigidos sobretudo aos grupos de risco, que incluem as crianças, os idosos e todas as pessoas com problemas respiratórios”.

“Evitar esforços físicos ao ar livre, permanecer em casa com as janelas fechadas, utilizando de preferência sistemas apropriados de circulação ou refrigeração do ar” são alguns dos conselhos de Alexandra Monteiro, investigadora do Departamento de Ambiente e Ordenamento e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, que analisou os resultados das medições.

De acordo com a investigadora, “no dia de hoje é provável que todo o ar das casas e espaços confinados esteja, também ele, irrespirável, pelo que o ideal será procurar espaços com sistemas de ar condicionado que possuam filtragem do ar.

“Na imagem de satélite desta manhã é bastante evidente que a pluma de fumo tem uma dispersão tão confinada e bem dirigida para a zona de Aveiro”, refere ainda na nota da Universidade de Aveiro.