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Electricidade a partir de carvão na quota mais baixa dos últimos 30 anos em 2019

FOTO DR
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A produção de electricidade a partir de carvão registou em 2019 a quota mais baixa dos últimos 30 anos, desde a entrada em serviço pleno da central de Sines, divulgou hoje a REN -- Redes Energéticas Nacionais.

“A produção não renovável abasteceu 42% do consumo em 2019, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%, a quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines em 1989”, lê-se num comunicado enviado pela gestora da rede eléctrica nacional.

No discurso de tomada de posse em Outubro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o seu novo Governo está preparado para encerrar a central de Sines - da EDP - em setembro de 2023.

No programa eleitoral do PS, o calendário previsto para o encerramento da central a carvão de Sines era “entre 2025 e 2030”.

No passado dia 19 de Dezembro, o administrador da EDP Rui Teixeira afirmou que as centrais a carvão da eléctrica vão continuar a funcionar enquanto forem rentáveis.

“Não estamos a anunciar o encerramento ou uma data de fim de vida. As centrais deverão continuar a funcionar até serem rentáveis. Já estamos a desenvolver trabalho em alternativas [...]. Para que, quando chegue o momento, se perceba qual é a evolução dos activos”, explicou Rui Teixeira, que falava aos jornalistas, em Lisboa, no dia em que a EDP anunciou a venda de seis barragens em Portugal, por 2,2 mil milhões de euros.

A EDP é dona de três centrais a carvão, a de Sines, em Portugal, e duas em Espanha.