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Opositor do Governo da Guiné Equatorial em prisão preventiva

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A justiça da Guiné Equatorial decretou hoje prisão preventiva para o ativista e militante do partido da oposição Convergência para a Democracia Social (CPDS), Joaquín Eló Ayeto, que foi detido na segunda-feira.

De acordo com o CPDS, Joaquín Eló Ayeto foi transferido para a prisão de Black Beach, em Malabo, em relação à qual existem denúncias de violações de direitos humanos.

Durante a sua comparência perante o juiz, o opositor denunciou uma alegada tortura sofrida durante a sua estadia na esquadra, onde permaneceu detido desde segunda-feira.

Eló foi preso segunda-feira por sete agentes armados das forças de segurança e levado para a comando central de Malabo, popularmente conhecido como “Guantanamo”, onde foi interrogado em relação a comentários sobre o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema.

“A prisão de Elo Ayeto faz parte de uma estratégia do regime militar da Guiné Equatorial”, salienta o CPDS em comunicado, considerando que o Governo quer acabar com o partido.

Teodoro Obiang, que chegou ao poder em 1979 através de um golpe de Estado que derrubou o seu tio Francisco Macias, é o Presidente que está há mais tempo em funções em África.

Desde a sua independência da Espanha em 1968, a Guiné Equatorial é considerada por organizações de defesa dos direitos humanos como um dos países mais corruptos e repressivos do mundo, devido a acusações de detenções e tortura de dissidentes e alegações sobre repetidas fraudes eleitorais.

A Guiné Equatorial, descoberta por portugueses, integrou a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2014.