ONU condena Coreia do Norte por violação sistemática dos direitos humanos
A ONU condenou a Coreia do Norte “pela violação sistemática e generalizada dos direitos humanos” e por desviar recursos para armas nucleares e mísseis em vez de cuidar do bem-estar da população.
A Assembleia-Geral da ONU notou “com preocupação” que cerca de 10 milhões de norte-coreanos são considerados subnutridos e na Coreia do Norte há “uma inaceitável elevada prevalência de malnutrição crónica e aguda”.
A resolução, apoiada pelo Japão e pela UE, foi adoptada por consenso, embora países como Rússia, China, Cuba e Venezuela se tenham mantido à margem da votação.
Muitos manifestaram oposição a resoluções adoptadas pela Assembleia-Geral que visam nações específicas e afirmaram que o Conselho dos Direitos Humanos, com sede em Genebra, deve lidar com questões relacionadas com direitos.
O embaixador da Coreia do Norte na ONU, Kim Song, disse que o seu país “rejeita categoricamente” a resolução que apelidou de “produto de uma conspiração política e de forças hostis”.
No início do ano, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, estendeu a mão aos Estados Unidos e à Coreia do Sul.
Kim e o chefe de Estado sul-coreano, Moon Jae-in, encontraram-se já várias vezes, e o líder norte-coreano esteve reunido com o Presidente norte-americano, Donald Trump.
Mas a falta de progressos no desarmamento nuclear norte-coreano impediu o levantamento das sanções da ONU ou dos Estados Unidos contra Pyongyang.
A resolução agora adotada manifesta “séria preocupação” em relação a relatos de tortura, detenção, violação, execuções públicas, pena de morte, ausência do estado de Direito e “castigos colectivos aplicados até três gerações” de famílias.
A Assembleia-Geral da ONU apelou à Coreia do Norte para “pôr fim imediato às sistemáticas, generalizadas e graves violações dos direitos humanos” através da aplicação total das resoluções das Nações Unidas e recomendações que incluem o encerramento de prisões e a libertação de todos os presos políticos.