Pelo menos 55 pessoas morreram em confrontos entre forças do governo e combatentes da oposição depois de um ataque de facções rebeldes contra posições de tropas sírias na província de Hama, no norte do país.

As facções islamitas e os grupos jihadistas lançaram uma ofensiva quarta-feira à noite em cinco pontos diferentes contra tropas do governo e milícias aliadas na cidade de Alhamamiyat, tendo conseguido assumir o controlo, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

“As facções jihadistas conseguiram avançar obrigando as forças do regime a recuarem para Alhamamiyat”, disse a organização em comunicado.

Segundo a ONG, sediada no Reino Unido e que tem uma ampla rede de colaboradores no terreno, aviões de combate do regime e da Rússia estão a bombardear “intensamente” Alhamamiyat desde o amanhecer para tentar recuperar o território perdido.

Nos confrontos, que duraram quase 12 horas, 32 soldados pró-governo e 24 opositores morreram, incluindo 14 jihadistas.

Uma fonte militar confirmou à agência de notícias espanhola EFE que o exército sírio abandonou as suas posições na cidade após a ofensiva e assegurou que os confrontos subsequentes causaram “dezenas” de baixas.

O exército sírio e os seus aliados intensificaram desde o final de abril sua campanha no norte de Hama e no sul de Idlib, tendo os confrontos causado mais de meio mil civis mortos, segundo o Observatório.

A província de Idlib (noroeste) é controlada em grande parte pelo ex-al Qaeda sírio e outros grupos islâmicos que se opõem a Damasco.