Madeira

CDS defende que apoio aos clubes deve olhar para os resultados obtidos

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José Manuel Rodrigues, presidente do Conselho Económico e Social do CDS-PP, defendeu hoje que “o apoio aos clubes e às associações em função dos resultados obtidos nas Ligas e Campeonatos deve ser o caminho a percorrer, sabendo nós que a cada 4 anos esses apoios devem ser ajustados em função das mudanças que vão ocorrendo”. As declarações foram proferidas durante a 10.ª Conferência organizada por este órgão de consulta do partido, subordinada ao tema “Desporto, despesa ou investimento?”.

Na ocasião, José Manuel Rodrigues referiu que ““Para nós”, referiu o deputado e dirigente do CDS, “o Desporto, nas suas diversas vertentes, deve ser um poderoso instrumento de desenvolvimento social. É obvio que o desporto-espetáculo é incontornável, mas numa terra com parcos recursos temos que saber como gastamos, ou melhor, como investimos, e que retorno económico e social temos da aposta no desporto”.

Num olhar ao actual estado dos clubes, José Manuel Rodrigues disse que “já estivemos melhor ao nível do futebol profissional em termos de resultados”, lembrando que os clubes “desempenham um papel preponderante na chamada dos jovens à prática desportiva, muitas vezes substituindo-se à Região em tarefas de educação e de formação da competência do governo, o mesmo se diga dos clubes que nos regionais têm excelentes escolas de formação”.

O CDS olhou também para o “desporto para todos”. O presidente do Conselho Económico e Social diz que esta área tem que ser “melhor trabalhada”, com preços acessível aos orçamentos familiares, uma requalificação dos equipamentos existentes e uma aposta maior no desporto marítimo-náutico. “É possível ir mais longe”, acredita o dirigente político

José Manuel Rodrigues vê no desporto parte da solução para travar a elevada taxa de abandono escolar que a Madeira regista. “Numa terra em que mais de 20 por cento dos nossos jovens abandona o ensino sem completar a escolaridade obrigatória, o desporto pode ser um dos elementos para tornar a escola mais apelativa e mais dirigida aos interesses dos alunos”, assumiu.

É por isso que os clubes-escola e a competição entre estabelecimentos de ensino ao longo do ano pode e deve ser estimulada. Assim como o desporto tem que ser um factor de integração social, combatendo os guetos que existem na nossa sociedade, em que 31 por cento dos nossos conterrâneos estão em risco de pobreza. O ressurgimento dos clubes de sítio, muitos deles inactivos, em que a par do desporto se ensinava música, teatro, dança e se convivia é um caminho a percorrer, bem como a criação de outras associações em bairros sociais que se constituem como autênticas ilhas de exclusão, em particular nas nossas cidades. O Desporto deve ser para todos e através dele podemos melhorar a Vida daqueles que ficaram nas margens e na periferia do desenvolvimento na nossa terra”, conclui.