Francisco Gomes defende modernização com preservação ambiental
O deputado do Chega, eleito pelo círculo eleitoral da Madeira à Assembleia da República, Francisco Gomes usou a Região Autónoma da Madeira como exemplo durante a conferência 'Como conciliar as exigências da modernização das infra-estruturas com o dever de proteção ambiental?', no âmbito do 34.º Fórum Económico, que está a decorrer em Karpacz, na Polónia, e no qual o parlamentar representa o partido Chega.
Na ocasião, o parlamentar destacou que a Madeira "é um verdadeiro laboratório vivo, que diariamente enfrenta a tensão entre crescimento económico e preservação ambiental”.
Na sua exposição, Francisco Gomes utilizou a Região Autónoma da Madeira como referência para ilustrar os desafios associados à modernização de infra-estruturas em territórios ultraperiféricos, onde "as limitações geográficas e as exigências ambientais se cruzam de forma inevitável".
O deputado do Chega atentou que dois terços do arquipélago madeirense são classificados como reserva natural, circunstância que "condiciona o desenvolvimento, mas, ao mesmo tempo, abre oportunidades para soluções inovadoras de sustentabilidade".
A experiência madeirense prova que é muito importante desenvolver infra-estruturas modernas sem abdicar da proteção ambiental. É um caminho difícil e exigente, mas que deve ser seguido em toda a Europa, se queremos mesmo garantir um futuro equilibrado e sustentável. Francisco Gomes
O deputado destacou "a necessidade de salvaguardar a qualidade do ar, da água e dos solos em qualquer processo de construção", apontando exemplos concretos da Madeira, tais como a expansão do aeroporto e a abertura de túneis rodoviários. Reforçou, ainda, que a digitalização, a utilização de materiais reciclados e a aposta em energias renováveis devem ser encaradas "com seriedade" em toda a União Europeia.
Outro ponto central da intervenção do parlamentar madeirense incidiu sobre a importância da participação das comunidades locais nos projectos de desenvolvimento. Para o parlamentar, "a sustentabilidade só é verdadeira quando envolve os cidadãos que vivem diariamente com o impacto das obras e dos investimentos".
O verdadeiro progresso não se mede apenas em quilómetros de estradas ou em ‘megawatts’ produzidos. Mede-se, também, na qualidade do ar que respiramos, na pureza da água que bebemos, na fertilidade dos solos que nos alimentam e na dignidade das comunidades que habitam o território. Francisco Gomes