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ADN pede políticas públicas para apoiar saúde mental

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O ADN questiona onde está o apoio e as políticas públicas que reconhecem as dificuldades de viver com uma condição neurodivergente e alerta para a necessidade de se apoiar a saúde mental. Num comunicado assinado por Carolina Silva, o partido questiona ainda porque é que não está previsto qualquer apoio no Orçamento do Município do Funchal.

"Não basta diagnosticar, é preciso garantir tratamento acessível, terapias comparticipadas, alimentação adaptada, apoio às famílias e inclusão real", considera a candidata e mandatária da candidatura do ADN, acrescentando que "ignorar esta realidade é perpetuar um sistema que discrimina silenciosamente os mais vulneráveis".

O partido considera que a Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção e o Autismo exigem respostas imediatas, pois " é carregar um peso que vai muito além das dificuldades emocionais, sociais e físicas que já comprometem diariamente a qualidade de vida dos portadores destas condições neurológicas". 

Carolina Silva aponta que em "medicação, suplementos, alimentação especial e uma única consulta de psicologia, um cidadão pode gastar em média 260€ por mês, cerca de 3.156€ ao ano, para manter a saúde mental, emocional e física". "A este peso económico soma-se a falta gritante de profissionais de saúde mental e de respostas estruturadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A crise de capacidade nas unidades de saúde mental deixa milhares, sem vaga e sem alternativa", indicando que o cenário é ainda mais exigente quando se fala de crianças. 

"O que sobra é o abandono, é a luta individual e silenciosa de famílias inteiras, é a exclusão social de quem não teve escolha em nascer com uma condição que o DSM (Diagnostic and Statistical Mental Disorders) classifica como “transtorno” exactamente porque compromete a qualidade de vida de quem a carrega", indica no comunicado.