CDS defende reforço de equipamentos usados pela PSP pelo Governo da República
O CDS Funchal diz ser importante defender o reforço do investimento nas forças de segurança junto do Governo da República, indicando como uma das prioridades a reposição e valorização das carreiras dos elementos das forças de segurança que foram congeladas e assim permaneceram durante 15 anos. Além disso, requer o reforço dos equipamentos utilizados pelas forças policias, nomeadamente os 'tasers', para resolução de pequenos conflitos.
Estas foram algumas das conclusões após uma reunião entre Pedro Pereira, presidente da concelhia; Vasco Marcial, vice-presidente da concelhia e Leandro Silva, presidente da JP Madeira e candidato do CDS à Câmara do Funchal, com o SINAPOL, para
discutir os problemas enfrentados pelos polícias no Funchal e o futuro da segurança da cidade.
Segundo os democratas-cristãos, a implementação das câmaras de vídeo vigilância na cidade teve, no imediato um impacto positivo, "auxiliando as forças de segurança no controlo de pequenos delitos, em especial, de trânsito". "No entanto, o aumento generalizado do crime, da violência e da insegurança sentida pelos munícipes não fica resolvido apenas com o recurso à instalação de câmaras de vídeo-vigilância. As câmaras são um apoio complementar ao trabalho das polícias e a sua instalação deve continuar a acontecer em zonas de maior risco, mas não substituem o trabalho feito pelos agentes de segurança", aponta o CDS. "Em muitos casos até existe um risco de acontecer apenas uma deslocalização do crime para pontos da cidade onde não existem essas câmaras", atiram.
A abertura de vagas para recrutamento de novos polícias exclusivas para a Madeira é uma das medidas que o CDS pretende. Isto aconteceria à semelhança da modalidade de recrutamento já aplicada pela Marinha Portuguesa no passado. "Esta medida aliada com a valorização das carreiras, a actualização das remunerações e a melhoria dos equipamentos e material disponíveis para o exercício da profissão deverão permitir um aumento da atractividade da carreira de polícia", aponta.
Por fim, o presidente do CDS Funchal acredita que poderemos vir a ter que reconsiderar as festas, arraiais e demais eventos cuja realização requer um número elevado de efectivos policiais e assim coloca mais pressão aos poucos efectivos disponíveis, que rondam cerca de 700 polícias no total regional quando este número deveria se situar acima de 1.100.
O presidente da estrutura reconhece que "a não realização de certos eventos é improvável e até indesejável, no entanto, dada a situação de emergência vivida pelas forças de segurança, com o mais baixo número de efectivos dos últimos anos e com previsões de ver esse número ainda mais reduzido, a ponto tal, que a segurança da cidade e da região, bem como do todo nacional poderá já não estar garantida".