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Eleições Autárquicas Madeira

Financiamento das Juntas aquece debate na Ribeira Brava

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O tema do financiamento das Juntas de Freguesia marcou um dos momentos mais acesos do debate da TSF-Madeira entre os candidatos à Câmara da Ribeira Brava. Marco Martins defendeu que a autarquia deve atribuir mais competências às Juntas, sobretudo em matérias do dia-a-dia, acompanhadas do devido suporte financeiro. “Dar condições é fundamental, porque de nada serve transferir responsabilidades sem garantir os meios”, afirmou.

Jorge Santos respondeu lembrando o esforço que tem sido feito para o reforço financeiro gradual, mas deixou uma farpa ao adversário: “Não é só dar dinheiro por dar dinheiro, a menos que seja para os presidentes ficarem a tempo inteiro", atirou, aludindo que é o caso de Marco Martins.

Já Arnaldo Hernández reconheceu que os meios das Juntas são limitados, mas considerou que não é necessário mudar a lei para reforçar a sua ação. Sublinhou, no entanto, que a autarquia deve apoiar de forma mais eficaz as freguesias que, muitas vezes, são a primeira porta de resposta às necessidades da população.

Apesar das divergências sobre o modelo de financiamento, os três candidatos, Marco Martins, Jorge Santos e Arnaldo Hernández, coincidiram na rejeição da proposta de reformulação administrativa apresentada no passado por João Lemos, antigo social-democrata, que defendia a redução de concelhos e freguesias na Madeira.

A discussão trouxe ainda à tona críticas sobre o esquecimento da Tabua e da Serra de Água, freguesias que, segundo os candidatos, têm sido deixadas para trás em sucessivos mandatos.