"O que se passa na Nazaré é um verdadeiro massacre social diário"
O presidente regional do Chega considera que "o que se passa na Nazaré é um verdadeiro massacre social diário". O partido considera que o Bairro da Nazaré, no Funchal, está a transformar-se "num verdadeiro gueto urbano", devido ao abandono tanto por parte do Governo Regional, como da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia.
Miguel Castro afirma que os problemas são ignorados "de forma sistemática". "A Mata da Nazaré encontra-se degradada e sem manutenção, os parques infantis representam risco para as crianças e a vegetação e os espaços verdes estão totalmente abandonados", aponta. Já no caso da Rua África do Sul, indica que "o tráfico de droga se tornou uma realidade diária", sucedendo-se "confrontos violentos, esfaqueamentos, incêndios de veículos e chamadas constantes às autoridades, sem que a situação seja resolvida".
Os moradores estão reféns do medo, da droga e da violência, e quem devia defender estas famílias vira a cara para o lado. É vergonhoso que o PSD e os seus aliados só apareçam aqui em campanha, prometam mundos e fundos, mas deixem a Nazaré entregue ao caos. Miguel Castro
Nesse sentido, o partido exige uma intervenção imediata e eficaz por parte do Governo Regional, em particular das Secretarias da Inclusão e da Saúde, da Câmara Municipal do Funchal, da Junta de Freguesia de São Martinho, da Polícia de Segurança Pública, da Polícia Judiciária e das associações e comissões que, "pagas com o dinheiro dos contribuintes, continuam sem dar respostas concretas".
Miguel Castro afiança que "as populações da Nazaré pagam impostos, pagam rendas e têm direito a viver com segurança e dignidade". "Vamos submeter mais uma proposta, na próxima segunda feira, com o intuito de travar este flagelo, na ALRAM, e o nosso grupo parlamentar na Assembleia da República já submeteu, também, uma proposta de lei, na qual está incluída a revogação da lei que permite a impunidade dos traficantes", indica.
O Chega reafirma que continuará a denunciar este estado de abandono e degradação até que a segurança, a dignidade e o respeito regressem ao Bairro da Nazaré e a todos os bairros da nossa ilha.