Será que 1133 é o número mágico da democracia?
Segundo uma notícia recente do DN-Madeira, uma multidão de 1133 cidadãos concorrem aos cargos políticos a serem ocupados nas próximas eleições autárquicas. Imagine isso multiplicado por dez forças partidárias a concorrerem em todos os municípios e freguesias - estaremos a falar de um número de 11330 cidadãos a pretenderem ocupar cargos públicos/políticos.
A realidade do país, incluindo a Madeira, é que a democracia gera uma dependência tal na sociedade que muitos cidadãos já são demasiado céticos em relação a este modelo de regime, subestimando a sua legalidade, funcionalidade e viabilidade. Aquilo que vulgarmente é designado de que: só serve ( para arranjar tachos). A democracia tem criado enormes rivalidades, inimizades, conflitualidades, confrontos e adversidade, fazendo jus à designação “partidos” - um grupo de pessoas com interesses ou opiniões comuns, especialmente na política. No entanto, a mesma palavra ironicamente pode significar “partir” ou “quebrar”.
Desafios da Democracia
A grande dificuldade em encontrar uma solução para esta tão emaranhada democracia leva a que o eleitorado quase esteja farto de votar, farto de eleições e de campanhas eleitorais com promessas habituais e já descredibilizadas. É necessária uma nova maneira de fazer política, uma nova forma de estar em democracia, com coragem para reduzir a dependência dos cidadãos do Estado e os cargos políticos que custam aos cidadãos com os seus impostos.
É preciso unidade e coragem para repor a verdade de um sistema caduco e desprovido de confiança e responsabilidade que a liberdade exige, devolvendo a democracia e o poder que dela advém aos cidadãos.
Mudança de Perspetiva
É hora de parar de ver os adversários políticos como inimigos. A obsessão com a democracia pode surgir quando a sua aplicação prática se afasta dos ideais que a sustentam, levando a frustrações e desilusões. A democracia é um meio para alcançar um fim, não um fim em si mesma. Por vezes, todos temos planos diferentes para o mesmo projeto final. Vamos unir esforços para concretizar esses objetivos num projeto chamado Portugal.
Lições do Passado
Tomo como exemplo Diogo Freitas do Amaral, um democrata cristão de direita que sonhou em aliar-se ao socialismo, mas fracassou. Parece que as ideologias tiveram o seu fim. Não foi só o povo incauto e sem cultura democrática que se deixou seduzir; “catedráticos políticos” também foram cúmplices da nossa desgraça, mostrando falta de coragem para enfrentar o sistema.
O Futuro
Estamos sequestrados por traidores e oportunistas. Apoiar uma candidatura que seja liberalmente contra um sistema obsoleto, será um primeiro passo para mudar Portugal. Precisamos de muita coragem para mudar Portugal!
A. J. Ferreira