A Liberdade começa onde acaba a ignorância
Estamos, sensivelmente, a dois meses das próximas eleições autárquicas.
Nem sempre, o leme do nosso destino colectivo, é dirigido por homens hábeis, honestos e escrupulosos. É nossa responsabilidade identificar quais os “homens de carácter faccioso “,pródigos de projectos sinistros e promotores de prejuízos que, por intriga, corrupção passiva ou activa,ou por outro meio ainda, podem obter o voto do povo e traí-lo logo que eleitos.
Devemos preocupar-nos com o rancor, a prepotência e o espírito de vingança que ensombram o nosso dia a dia .A cobardia de muitos e o temor reverencial de outros tantos constituem um silêncio ruidoso que coabita o nosso quotidiano. Identificadas as causas ,cumpre-nos encontrar as soluções. Não podemos, sob nenhum pretexto, deixarmo-nos levar por um arrazoado de disparates, mais ou menos elaborados, soprados para microfones, com repercussão em todas as redes sociais e meios de comunicação social.
Todos somos importantes. Ninguém é insignificante. Não somos apenas cidadãos anónimos, mas povo herdeiro de um legado que deve honrar e transmitir com dignidade ao futuro. O futuro é agora. O futuro não acontece. Constrói-se .O futuro exige que não se escamoteie a actualidade, nem se dissimule a realidade. Temos de não temer o futuro e deixar de viver subjugados, algemados, por inércia ou maldade de terceiros que obstaculizam e prejudicam a nossa vida.
Todos os seres humanos nascem livres em dignidade e direitos. Olhando à nossa volta é preciso ter uma boa dose de optimismo, ingenuidade ou muita “lata”para dizer que todos somos tratados de igual modo. A nossa limitada condição humana tanto pode exprimir gestos de grandeza(raros)como cair na mediocridade de se esconder em máscaras capazes das maiores mentiras. Todos nós mentimos. É facto. A questão é o porquê. Mentiras sociais,inofensivas, piedosas para evitar constrangimentos, são minimamente aceitáveis. As mentiras politicamente correctas são as piores, pois ao serem proferidas estão a ser prejudiciais a terceiros. Infelizmente, de modo perverso, a mentira é parte integrante de fazer política.
Cada um de nós é autor e actor da sua própria história, o que nos confere o ónus da sua construção/condução, livres de pleno direito, independentemente de pertencer, ou não, a qualquer formulário político, social ou religioso.
Quem ama a Liberdade não pode deixar-se condicionar. A Liberdade começa onde acaba a ignorância.
Madalena Castro