Alegado grão-mestre de loja maçónica com morada na Madeira investigado por burlas financeiras
A Unidade Nacional Contra-Corrupção da Polícia Judiciária investiga um autointitulado grão-mestre de uma loja maçónica independente por suspeitas de burlas financeiras, revela hoje a edição 'on-line' do Expresso.
O suspeito, que tinha alegadamente negócios com arguidos do megaprocesso de tráfico de diamantes e fraude de bitcoins, foi interceptado em escutas telefónicas a combinar encontros suspeitos, segundo documentos judiciais consultados pelo Expresso.
Apesar de ter morada na Madeira, as autoridades acreditam que o homem se encontra actualmente a residir em Madrid. No ano passado foi emitido um "pedido de paradeiro para notificação de arguido", mas o suspeito nunca compareceu aos interrogatórios da PJ.
De acordo com a investigação revelada pelo Expresso, o alegado grão-mestre esteve envolvido num esquema que incluía:
- Tentativas de abertura de contas bancárias suspeitas
- Depósito de cheques fraudulentos de 270 mil euros
- Fabricação de documentos falsos, incluindo cartas de condução do Reino Unido
Uma cúmplice, suspeita de ser "testa-de-ferro" em várias empresas lideradas pelo homem, tentou depositar um cheque de valor elevado numa agência bancária portuguesa, mas o banco alemão emissor alertou posteriormente que se tratava de "uma fraude".
Membros da maçonaria ouvidos pelo Expresso descrevem o suspeito como "um pouco excêntrico" e "nada discreto", comportamentos considerados inadequados no meio maçónico. O homem terá criado uma cisão com uma loja de maior dimensão para assumir um papel de liderança e chegou a vender produtos de uma suposta loja maçónica norte-americana através das redes sociais.