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Regionais 2025 Madeira

BE compromete-se com "reforço do combate à corrupção"

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A candidatura do Bloco de Esquerda (BE) à Assembleia Legislativa da Madeira esteve, hoje, numa acção de pré-campanha, no centro do Funchal, onde reiterou o compromisso do partido com o "combate à corrupção", nomeadamente através da revisão do Estatuto Político-Administrativo da Região.

De acordo com Roberto Almada, uma das questões mais suscitadas pelos transeuntes com quem os candidatos se cruzaram, durante esta inciativa, prende-se com "a vergonha que as pessoas sentem em termos um governo regional onde mais de metade dos seus membros são suspeitos pela prática de crimes de alegada corrupção". O porta-voz bloquista afirmou também que "muitos dos madeirenses contactados reconhecem a falta que o Bloco tem feito no Parlamento, por ser uma voz incómoda e firme na defesa dos direitos das pessoas".

Os bloquistas realçam, a propósito que, "na Região, há mais de duas décadas, não tem um regime de incompatibilidades e impedimentos para os titulares de cargos políticos, como já existe no restante território nacional". Esta situação "permite que, por exemplo, um deputado aprove leis que o podem beneficiar, no dia seguinte, enquanto empresário", evidencia o BE.

"Tudo faremos para que na próxima legislatura possa existir, finalmente, a necessária revisão do Estatuto Político-Administrativo da Região para podermos abranger os titulares de cargos políticos regionais com as incompatibilidades e impedimentos que acabem com o compadrio, o favorecimento e os negócios pouco claros entre o sector público e os grandes grupos empresariais que cresceram à sombra deste regime", assumiu Roberto Almada.

O cabeça-de-lista do Bloco às eleições do próximo dia 23 afiança que "esta alteração é fundamental para combater a corrupção e para normalizar a vida democrática regional".

"Nós nunca nos enganamos quando denunciamos os favorecimentos na concessão de grandes obras, aos grandes grupos empresariais amigos do governo PSD. Este regime, de favorecimento e pouca transparência, sempre foi por nós combatido e, caso voltemos a ter representação no parlamento madeirense, continuaremos a lutar contra a rede tentacular que tudo controla e que esmaga a democracia e os direitos do povo destas ilhas", reforçou.