Pela estabilidade política
Jurista Beatriz Ferreira comenta a campanha vista de fora

É a primeira vez, desde o 25 de abril, que a Região Autónoma da Madeira se depara com um cenário de instabilidade política grave. Acredito piamente que o desenvolvimento económico e social da Madeira e do Porto Santo, ao longo destes anos, deve-se à implementação de políticas de centro-direita. Evidentemente que há sempre muito a fazer e a melhorar, mas na minha opinião, não haveria nem há outra alternativa se não essa.
No entanto, é importante salientar que a promoção dos interesses pessoais de alguns e a premiação contínua dos mesmos nunca será eticamente correto e muito menos desculpável, num governo democraticamente eleito. Tais favorecimentos só contribuem para um sistema fragilizado e para o legítimo descontentamento dos cidadãos, o que prejudica toda a região.
A Madeira e o Porto Santo são ilhas demasiado preciosas para se perderem no egoísmo e oportunismo de uns e no retrocesso e declínio de outros que seguem ideologias que não aquelas que nos trouxeram até aqui.
Creio que seja nestas duas vertentes que os eleitores madeirenses e porto-santenses se devem debruçar. Há que refletir sobre que partido político queremos que nos represente, mas acima de tudo, quem deveria estar à frente do mesmo.
Tenho esperança de que no próximo dia 23 de março o eleitorado se desloque às urnas e vote pelo bem da Região Autónoma da Madeira como um todo, tendo em vista a estabilidade política que tanto merece.